02 dezembro 2015

A POLÍTICA DO BB PARA A CASSI

O Banco do Brasil lucrou no último semestre  R$ 8,826 bilhões, no entanto, apesar  do lucro bilionário, o BB afirma no “Boletim Pessoal – Negociações sobre a Cassi são retomadas” do dia 19/11,  enviado aos funcionários pelo novo diretor da DIREF, Carlos Célio de Andrade Santos, que não aportará recursos para resolver a questão de saúde de seus funcionários. Vejamos um pequeno extrato deste Boletim:
Importante salientar que não há espaço para discussão sobre aportes por parte do Banco. Sempre fomos transparentes em afastar essa possibilidade, sobretudo pelos impactos que a medida  traz nos resultados do  Banco.”
Fica claro que a intenção do banco é de se desresponsabilizar com a nossa saúde e alocar seus recursos para obter lucros recordes a qualquer custo. Constatamos, infelizmente, que o BB cada vez mais se distancia do seu papel de banco público, atuando como uma empresa que não se preocupa com seus funcionários e não tem o mínimo de responsabilidade social, muito diferente do que está estampando em suas peças publicitárias.  Cada vez mais colegas estão ficando doentes e mais casos de assédio moral são apresentados ao MPT e na Justiça do Trabalho. O suicídio de um colega da Agência da Previdência deveria fazer o banco a mudar sua prática e investir mais na saúde de seus funcionários, mas como vemos acima o BB não se dispõe a utilizar um só centavo para resolver o déficit da CASSI.
Outra questão que banco não esclarece, evidentemente de forma proposital, que para promover alteração no estatuto da CASSI através de consulta ao corpo social é necessário que ela seja aprovada no conselho deliberativo, na forma do art.70. Então a afirmação que o BB vai realizar uma consulta aos associados só será possível se os representantes eleitos aprovarem a proposta de consulta.
A única forma de avançarmos em uma proposta que atenda os nossos interesses é derrotar a política atual do BB. Mas para isto é necessário construir uma mobilização que envolva o conjunto do funcionalismo. É necessário falar a verdade para os colegas, no essencial o BB não alterou uma só vírgula na sua política central para a Cassi desde o início da negociação. Assim, em nada ajuda, muito pelo contrário, as notas emitidas pela CONTRAF/CUT afirmando que houve avanços.
A política central do BB continua sendo a transferência para a Cassi dos recursos provisionados atualmente constituídas no Banco para custear as contribuições dos atuais aposentados, através da criação de um Fundo administrado pela BB-DTVM. O próprio banco deixa claro isto em seu boletim, quando afirma que as reuniões serviram para fazer alguns ajustes na proposta. Na prática o banco busca se desresponsabilizar da política  de sustentação da saúde dos seus funcionários.
Infelizmente não conseguimos avançar nessa questão e em outras questões específicas tão importantes ao conjunto dos funcionários do Banco do Brasil quando estávamos em greve, momento em que exercíamos uma pressão muito maior contra o banco. Não avançamos pela intransigência do banco e pelo papel exercido pela maioria do comando que indicou a aprovação do acordo e o fim da greve. Um posicionamento político completamente errado. A direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, maior base dos bancários do país, foi além para garantir a aprovação deste indicativo e passou literalmente por cima da democracia ao não garantir o direito de contagem dos votos na assembleia que decidia o futuro de nosso movimento, uma vez que não havia consenso da proposta vencedora pelo contraste visual, e decretou o final da greve.
Mas agora precisamos novamente nos mobilizar, porque sem luta não existirá saída para a CASSI.  O primeiro passo que devemos dar é garantir uma grande campanha para esclarecer aos colegas a real situação em que se encontra a CASSI e que a resolução desta questão se dará com a participação de todos. Para isso, achamos importante que se construa, através dos sindicatos e entidades dos aposentados, um Encontro Nacional aberto com a participação dos colegas da ativa e aposentados para definirmos propostas do conjunto do funcionalismo para tirar a Cassi da UTI. Precisamos, também, deixar bem claro nossa exigência do resgate da responsabilidade do banco com a nossa saúde e que mantenha o princípio da solidariedade preservado.
Fonte da Informação: http://julianacaref.com.br/?p=753

Nota do Blog:
Estamos vendo um grave problema, segundo a Caref Juliana Donato, nossa situação esta totalmente sem representação, nesta batalha que o banco quer jogar nas nossas costas a responsabilidade do gestão quando os recursos do fundo que estão criando acabar, e como a tecnologia médica, laboratorial e genética tem avanços que os proventos não acompanha logo teremos aumentos não suportados por nossos minguados recursos e por fim o cancelamento por falta de condições de quitar nossos compromissos com a cassi, esta é nossa situação no final da vida, pois só Deus sabe, quanto mais tempo de vida temos pela frente.
Esta dramática nossa qualidade de vida, e a luz no final do túnel parece cada vez mais distante, e espero sinceramente que nossas associações faça um gol, marque uma mobilização mais atuante, mais consistente, pois até parece que resolveram nos lançar na cova dos leões, e o que dizer dos nossos eleitos, que diz nos representar esses infelizmente estão vendidos.
Uma mentira contada 1 milhão de vezes, acaba virando verdade!
Dirigente na CASSI/PREVI, não pode ser profissão.

3 comentários:

Rosalina de Souza disse...

Mensagem da Colega LÁZARA RABELO NO GRUPO PREVI PARA TODOS:

Lázara Rabelo
2 de dezembro às 00:27

Prezado(a)s colegas,

Participe da campanha contra alteração do Estatuto da CASSI que retira os Direitos Adquiridos há mais de 71 anos!

TODOS: ATIVOS; APOSENTADOS e PENSIONISTAS são "Benefício Definido", ou seja, o Banco tem obrigação de contribuir com a CASSI mesmo após o nosso desligamento: aposentadoria ou morte.

DIGA NÃO À CRIAÇÃO DO FUNDO CASSI

Compartilhe, amplie a divulgação, use o facebook, twitter, etc...

Somos 420.000 participantes do Plano CASSI ASSOCIADOS , sendo 195.000 titulares (ativos, aposentados e pensionistas) e 225.000 dependentes econômicos.

Obs.: NÃO TENHA VERGONHA DE LUTAR PELOS SEUS DIREITOS...

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES !...

Anônimo disse...

No plano CASSI ASSOCIADOS sem os participantes da ativa e seus dependentes, somos em quantos ? Só aposentados, pensionistas e porventura dependentes.
O PB1 da PREVI , já fechado, não estaria na hora de se desvencilhar do patrocinador ? Não poderia ele PB1 "juntar-se " à CASSI ?
Não percamos de vista o que pensam os integrantes da CPI dos fundos em relação a resolução 26. A pressão poderia também se concentrar nesses deputados -Deputado Pompeo de Matos, Deputado Ephraim Filho e Deputado Verri ? Não seria possível reaver os 7,5 bi do acordo de 2010.? Temos hoje "representantes" que efetivamente lutam por nossos interesses ?
Assuntos a serem discutidos...

joao trindade disse...

Ninguém representa, de forma efetiva, os interesses dos aposentados e pensionistas.