18 junho 2019

CASSI SUGESTÃO PARA O CUSTEIO.



Basicamente, o impasse surgido na CASSI refere-se à falta de recursos financeiros em face do crescente custo médico-hospitalar dos atendimentos prestados pelo nosso plano de saúde. Como este custo é repartido entre o PATROCINADOR, BANCO DO BRASIL, e os ASSOCIADOS, TANTO UM LADO COMO O OUTRO PROCURAM MINIMIZAR ESSA OBRIGAÇÃO.

O Banco porque já gasta soma considerável dos seus recursos em detrimento de outras aplicações de interesse no desenvolvimento do Brasil e os associados porque o aumento das suas despesas poderá ser fatal para a sua já deteriorada situação financeira. Daí o grande impasse. É preciso encontrar uma solução que não afete o Banco e nem os associados.

Neste sentido é que temos a pretensão de apresentar uma sugestão que, se aceita, não irá causar prejuízos para ambas as partes e nem a ninguém. Trata-se do famigerado "Contrato BB x PREVI - Grupo Pré-67", firmado em 29.12.1997, que transferiu ilegalmente da PREVI para o Banco do Brasil a quantia superior a 5,1 bilhões de reais e que hoje apresenta em seu balanço o valor de mais de 13,1 bilhões de reais.

Este passivo tem o propósito de saldar a dívida trabalhista que o Banco tem com os funcionários Pré-67, caso a PREVI venha a ser extinta, por qualquer motivo, e não tenha condição de arcar com o pagamento das aposentadorias dos funcionários Pré-67. Mas, pelo andamento do Plano, provavelmente isto jamais acontecerá. Vemos a PREVI solidamente segura, com ativos que ultrapassam 170 bilhões e certamente NOSSAS APOSENTADORIAS SERÃO HONRADAS ATÉ O FINAL DAS NOSSAS VIDAS, NÃO SENDO NECESSÁRIA A UTILIZAÇÃO DOS 13,1 BILHÕES DISPONÍVEIS PARA ATENDER ESSA PRETENSA DEMANDA.

Portanto, o Banco do Brasil, através do ilegal repasse da PREVI, detém no seu ativo mais de 13,1 bilhões, que não pode utilizar, por força do próprio contrato e também porque a CVM assim o impede. São, portanto, 13,1 bilhões sem nenhuma utilidade prática. Como um bem social, a moeda é uma riqueza que deve ser investida, com moderação e competência, para promover o desenvolvimento de um País.

Um recurso estagnado, sem utilização, é um atraso e significa um crime contra a economia. E o que nós vemos é esse montante de 13,1 bilhões sem cumprir nenhuma finalidade, e cuja origem, se formos verificar, advém exclusivamente do Banco e dos seus funcionários, através de suas contribuições à PREVI. Daí inferimos que esse patrimônio, inerte, pertence tanto ao Banco do Brasil como aos seus funcionários, razão pela qual nada mais justo e razoável que, neste momento de dificuldades, lancemos mão desses valores para solucionar o grave problema de custeio da CASSI, que tanto nos afeta e preocupa.

A medida trará inúmeros benefícios e nenhum prejuízo. Primeiro, iremos colocar no mercado valores consideráveis, mediante análise e determinação dos técnicos da CASSI, da PREVI e do Banco do Brasil. Em segundo lugar, o Banco e seus funcionários não precisarão aportar mais quaisquer recursos e consequentemente poderão usufruir desses valores da melhor forma possível. Por último, queremos ressaltar que a legalidade de um ato não pode se sobrepor ao interesse coletivo e legítimo de determinada camada da sociedade, principalmente quando essa comunidade não causa prejuízo a quem quer que seja.

Entendemos, pois, que o repasse que os técnicos julgarem necessários para solução do custeio da CASSI, encontra amplo amparo legal, visto que o recurso utilizado é de exclusiva responsabilidade do Banco, podendo, portanto utilizá-lo da maneira mais justa com ampla repercussão favorável dos seus funcionários.



FONTE:

AFABB/PR

Nereu João Lagos
Presidente
(41) 99636-0600

17 junho 2019

BANCO DO BRASIL PODE FALIR EM DEZ ANOS, PREVÊ JORNALISTA EM ARTIGO


Publicado em: 13/06/2019
O STF decidiu na semana passada que o Congresso Nacional precisa dar autorização prévia para a privatização das empresas estatais — mas não precisa se manifestar em relação à venda de suas subsidiárias. Ótimo. Esse foi mais um desses momentos rumorosos, que têm se repetido com insistência, em que ministros da Corte se prestam a analisar leis que, como no caso específico da desestatização, já foram aplicadas à exaustão e que, a rigor, deveriam prescindir dos escrutínios judiciais.
Desde 1991, quando a venda da Usiminas inaugurou uma breve temporada de tentativas de redução do tamanho do Estado , mais de 20 empresas foram transferidas para a iniciativa privada sem que o judiciário visse irregularidades no processo. Mesmo assim, o STF resolveu voltar ao assunto e se manifestar agora. E quando a Suprema Corte fala, todos devem ouvir. Ponto final.
Diga-se em favor dos ministros que trouxeram o tema novamente à baila que, pelo menos, foi posta a ordem num debate que sempre motivou a ação de pessoas interessadas, senão em impedir, pelo menos em dificultar o enxugamento da máquina. Mas enquanto discussões desse tipo continuam mobilizando paixões em Brasília, a situação continua indo mal no mundo real.
Nesse ambiente chamado mercado, onde as empresas produzem, geram empregos e recolhem impostos, as estatais continuam sendo um fardo pesado para o contribuinte brasileiro. E mesmo aquelas empresas que hoje são intocáveis como uma vaca sagrada, correm o risco de desaparecer nos próximos anos se não houver uma mudança profunda no seu modelo de gestão e de relacionamento com os clientes.
AGÊNCIAS DE BOLSO
Tome-se, por exemplo, o Banco do Brasil , a mais longeva das estatais brasileiras. Se nada for feito para evitar — ou melhor, se não houver uma mudança rápida da mentalidade em torno da instituição —, ele corre o risco de sumir do mapa nos próximos anos. Não por ação de seus concorrentes, mas por incapacidade de acompanhar as transformações do mercado em que opera. Num mundo financeiro cada vez mais tomado por novidades como as fintechs e as agências bancárias que cabem no telefone celular, o BB pode ir a pique não por falta de musculatura, que ele tem de sobra, mas por falta de agilidade.
Em 2016, O BB anunciou um plano ousado, que propunha fechar mais de mil agências e postos de atendimento dos mais de 6.000 que tinha pelo Brasil afora. Chegou a por essa política em prática e, em 2017, eliminou 670 agências — mas não conseguiu cumprir a meta a que se propôs.
O plano de enxugamento foi abortado antes de concluído e o novo presidente da instituição, Rubem Novaes, chegou a declarar logo depois de tomar posse, em janeiro deste ano, que, em sua opinião, a rede deve permanecer como está — e que a redução da máquina estatal defendida pelo ministro da Economia Paulo Guedes não diz respeito ao banco. O mercado pode mudar, mas o BB permanecerá como está.
PONTO PARA O BB
Esse é o xis da questão. No Banco do Brasil, assim como em todas as outras 133 empresas controladas pela União (46 de controle direto e 88 subsidiárias, conforme o último levantamento do governo), as decisões técnicas são sempre subordinadas a questões políticas que as afastam do mercado. Não basta ao governo professar um credo liberal para livrar suas empresas da influência política que compromete sua eficiência. Ele precisa dar mostrar de que não quer interferir e isso, o presidente Jair Bolsonaro já deixou claro que não quer fazer. Já interferiu no preço do diesel vendido pela Petrobras e, no caso do BB, interveio no departamento de marketing da instituição.
Bolsonaro discordou de um comercial com o qual o BB procurava atrair o público mais jovem para sua carteira de clientes. Sem entrar no mérito da qualidade da peça publicitária — que, na opinião deste articulista, era ineficaz e ruim de doer —, o fato é que Bolsonaro interferiu na estratégia destinada a enfrentar um problema que tem sido especialmente preocupante para os administradores do BB: a incapacidade de se comunicar com o público mais jovem.
A rigor, a base da pirâmide etária dos clientes do BB é formada por pessoas que, no passado, foram atraídos pela bem-sucedida estratégia de patrocínio dos torneios de voleibol justamente no momento em que a seleção brasileira do esporte começava a brilhar nas quadras do mundo. Depois da conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, e da medalha de ouro em Barcelona, em 1992, o vôlei virou mania entre os jovens e o nome do BB estampado nas camisas dos craques da seleção atraiu a atenção de quem acompanhou aquele momento de arrojo e de vitórias. Ponto para o BB.
INTERFERÊNCIA POLÍTICA
O problema é que nada foi posto no lugar daquele esforço vencedor. E os jovens que tinham vinte e poucos anos em 1992 hoje são senhoras e senhores na faixa dos 50. Desde aquela época, o banco estatal nunca mais conseguiu se comunicar com a juventude. Além de reduzir os esforços no sentido de ampliar sua presença no mundo digital, o bando passou a adotar estratégias de marketing tão vetustas quanto a própria logomarca da instituição — que existe há mais de meio século e é mantida até hoje exatamente como foi criada. Será que ela continua produzindo o mesmo efeito da época de seu lançamento? Provavelmente, não.
A propósito da interferência na campanha, diga-se que Bolsonaro não foi o único presidente a meter o bedelho nos assuntos do banco e pode-se dizer até que, no frigir dos ovos, sua ação acabará se mostrando menos nociva ao BB do que a de outros presidentes da República da história recente. Cerca de dois anos depois de sua posse, por exemplo, a ex-presidente Dilma Rousseff começou a se queixar do spread — ou seja, da diferença entre as taxas que os bancos pagam aos investidores e aquelas que cobram de quem toma os empréstimos.
Sem que seu governo tomasse qualquer providência macroeconômica para reduzir a taxa básica de juros e deixasse de gastar muito mais do que arrecadava, Dilma passou a exigir que os bancos do país reduzissem suas taxas de juros com a esperança de, com isso, ativar a economia que começava a dar sinais de exaustão em 2013. Ninguém, além dos bancos estatais, a obedeceu. Os clientes não viram muita vantagem na redução que o banco estava oferecendo e, no final das contas, o BB e a Caixa perderam dinheiro sem ganhar nada em troca.
VENDA ENQUANTO É TEMPO
O resto da história é conhecido. Sem entrar no mérito — ou nos deméritos — das circunstâncias que motivaram o desempenho de cada instituição, o fato é que, com o passar do tempo, os concorrentes privados foram abrindo vantagem em relação ao BB na corrida pela liderança do mercado. Observem-se, por exemplo, os balanços dos três maiores bancos do país em 2018. Enquanto o Itaú lucrou R$ 25,73 bilhões e o Bradesco R$ 21,56 bilhões, o BB teve um lucro de R$ 13,5 bilhões.
Os três bancos são equivalentes em matéria de rede de agências e de número de empregados. Com pequenas variações para mais ou para menos, todos os três têm mais ou menos 100.000 pessoas em seus quadros de colaboradores — e isso indica que a produtividade por empregado, num ano em que o balanço doBB não registrou lucro com a venda de ativos, foi muito inferior ao de seus concorrentes. Num cenário como esse, talvez o melhor fosse vender o BB enquanto ele ainda tem algum valor. Do contrário, o Banco corre o risco de enfrentar dificuldades e, no limite, desaparecer sem que o mercado brasileiro sinta sua falta.
Fonte: Coluna do povo, por Ricardo Galuppo, publicado no portal IG.

11 junho 2019

Sustentabilidade da Cassi: Mesa de Negociação avalia resultado da consulta ao corpo social




As entidades que fazem parte da mesa de negociação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) se reuniram, na quarta-feira (5), para avaliarem o processo de votação da proposta de manutenção da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). A reunião ocorreu em Brasília, na Sede da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb).

Tanto as entidades que defenderam a aprovação da proposta (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf-CUT, Anabb, Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil – AAFBB, Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil – FAABB), quanto a que defendeu a rejeição (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito – Contec) participaram da reunião.

Nos debates foram feitas avaliações sobre o processo de votação em cada entidade e com suas bases de representados, análise sobre os pontos polêmicos e mais discutidos da alteração estatutária e também a situação financeira da Cassi, considerando que não entrarão recursos novos suficientes para a cobertura do déficit no balanço da Caixa de Assistência.

Os representantes apresentaram suas considerações sobre os pedidos de retorno e continuação das negociações enviados ao Banco do Brasil e de informações sobre o andamento do processo de intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

As entidades definiram que continuarão a realizar ações junto ao Banco do Brasil para a retomada do processo de negociação, bem como acompanhar as próximas reuniões da diretoria e conselhos da Cassi e do banco.

“A reunião foi importante para a avaliação do cenário interno e externo do BB e da Cassi, bem como para definir ações a serem realizadas a partir dos próximos acontecimentos, como uma possível intervenção da ANS e as próximas reuniões da diretoria e conselhos da Cassi”, avaliou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento, que representa a Contraf-CUT na mesa de negociações. “Vamos cobrar do BB a retomada das negociações e continuaremos a buscar soluções e a defender os associados e a Cassi”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

07 junho 2019

OS FUNCIONÁRIOS DEFENDEM BB E CASSI EM CONFERÊNCIA DE BANCÁRIOS NO NE



Publicado em: 06/06/2019
A defesa dos bancos públicos e da Cassi foram os principais eixos discutidos no encontro dos funcionários do Banco do Brasil na 21ª Conferência Interestadual dos Bancários da Bahia e Sergipe. Resultado do desmonte, a instituição eliminou 17.913 postos de trabalho, entre setembro de 2012 e março de 2017. Além de ter fechado 808 agências entre dezembro de 2014 e março deste ano.
O encontro aconteceu dentro da programação do 13º Congresso do Sindicato dos Bancários da Bahia, realizado na tarde de sábado (01/06). Os funcionários do BB aprovaram mobilização em defesa da Caixa de Assistência. Embora a proposta estatutária da Cassi tenha obtido a maioria dos votos, não atingiu a quantidade necessária para a mudança do estatuto, que é de 2/3.
Para o diretor Jurídico do Sindicato da Bahia, Fábio Lédo, independentemente do resultado da eleição anterior, “agora é hora de todos se mobilizarem para pressionar o banco a reabrir as negociações com as entidades representativas a fim de construir uma proposta que atenda aos interesses dos funcionários”.
Inclusive, com foco na reabertura das negociações sobre a Caixa de Assistência, também foi aprovada a participação dos funcionários do BB na greve geral do dia 14. Além disso, foram aprovadas campanhas para esclarecer as condições financeiras da Cassi.
A diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto, compareceu ao evento. Na oportunidade, ela prestou esclarecimentos e apresentou panorama geral sobre da entidade. Também foram discutidas as denúncias de coação dos caixas para aderirem ao banco de horas, uma vez que a adesão é facultativa, conforme previso no Acordo Coletivo de Trabalho.
Ainda foram eleitos 11 delegados que vão participar do 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, nos dias 1º e 2 de agosto, em São Paulo. O evento será realizado em conjunto com a Conferência Nacional dos Bancários.