28 dezembro 2019

ANABB pede esclarecimentos sobre mudanças na governança dos Fundos de Pensão



A Associação entrou em contato com o Secretário de Previdência, Rogério Marinho, solicitando esclarecimentos a respeito das decisões que haviam sido tomadas.

Ao tomar conhecimento das mudanças nas regras de governança dos fundos de pensão, aprovadas em 20/12/19, por meio de Resolução do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), ainda não publicada no Diário Oficial, a ANABB agiu rapidamente. Já no primeiro dia útil (23/12), pós decisão do CNPC, a Associação entrou em contato com o Secretário de Previdência, Rogério Marinho, solicitando esclarecimentos a respeito das decisões que haviam sido tomadas. A reunião aconteceu nesta quinta-feira (26/12) e contou com a participação do Subsecretário de Previdência Complementar do Ministério da Economia, Paulo Valle, do Presidente da ANABB, Reinaldo Fujimoto, e da equipe de Relações Institucionais da Associação.
O ponto mais questionado pela ANABB na reunião foi a respeito da escolha dos membros da Diretoria Executiva, que, de acordo com Paulo Valle, terá a seguinte redação na Resolução: “A escolha dos membros da diretoria executiva será realizada mediante processo seletivo, exigida qualificação técnica, com divulgação e transparência, conduzido sob a orientação e supervisão do conselho deliberativo”.
Essa questão gerou entendimentos divergentes com muitas notícias sendo veiculadas com a interpretação de que a Resolução teria promovido a extinção da participação do corpo funcional nas diretorias das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
Indagado pela ANABB sobre os impactos dessa Resolução nos fundos de pensão, em especial na Previ, o Subsecretário explicou que a intenção é atribuir à escolha dos Diretores maior qualificação técnica, por meio de processo seletivo. Ele afirmou que o texto não interfere no caráter eletivo da escolha, que permanece assegurado pelo estatuto das entidades, e que não haverá mudanças em relação à composição do Conselho Deliberativo ou Fiscal.
Na prática, de acordo com o Subsecretário, a Resolução busca criar mais um mecanismo para garantir que os candidatos aos cargos de diretores de fundos de pensão se submetam a um processo de análise técnica para adequação às funções que desejam assumir. Após essa seleção, o candidato estará apto para concorrer às eleições nos moldes de cada fundo de pensão.
Paulo Valle disse, ainda, que, na mesma reunião do CNPC, foram aprovadas outras três resoluções que tratam das certificações dos Diretores e informação e transparência dos investimentos aos participantes.
Atualmente, no estatuto da PREVI a nomeação dos membros da Diretoria Executiva segue os critérios do artigo 32, inciso II, conforme abaixo:

“Art. 32. Os membros da Diretoria Executiva serão nomeados pelo Conselho Deliberativo segundo o seguinte critério:
I – para os cargos de Presidente, Diretor de Investimentos e Diretor de Participações, o Conselho Deliberativo nomeará pessoas que sejam indicadas pelo patrocinador Banco do Brasil S.A.; e
II – para os cargos de Diretor de Administração, Diretor de Planejamento e Diretor de Seguridade, o Conselho Deliberativo nomeará pessoas que sejam escolhidas, pelo critério da maior votação, através de processo de consulta por meio de voto direto dos participantes e assistidos da PREVI.”
 
SUBSECRETÁRIO PAULO VALLE ESCLARECE MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL FOLHA DE S. PAULO
A ANABB entrou em contato novamente com o Subsecretário Paulo Valle, nesta sexta-feira (27/12), em decorrência de matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo.  A reportagem intitulada Guedes acaba com eleições para direção dos fundos de Pensão”, afirma que o presidente das entidades e os demais integrantes da diretoria-executiva devem ser selecionados no mercado por recrutamento independente.
Em resposta ao novo questionamento da ANABB Paulo Valle reiterou o que determina a resolução aprovada pelo CNPC.

Veja abaixo o posicionamento do Subsecretário encaminhado a ANABB:
“A notícia da Folha SP foi muito infeliz e não quis considerar a nossa explicação. Diferentemente do que afirma a notícia, a resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) em 20 de dezembro de 2019 não acaba com eleições diretas para o Conselho Deliberativo nem para a diretoria-executiva das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC). Em relação ao Conselho Deliberativo, a nova resolução segue o que estabelece a Lei Complementar 108, de 2001, que prevê eleições diretas e composição paritária entre representantes dos participantes e assistidos e dos patrocinadores. A nova resolução também repete o que diz a mencionada lei complementar, no sentido de que caberá aos representantes dos patrocinadores a indicação do presidente do Conselho Deliberativo.
Em relação à diretoria-executiva das EFPC, a resolução estabelece que a escolha de seus membros seja realizada por meio de processo seletivo, exigida qualificação técnica, sob a orientação e supervisão do conselho deliberativo. Ao contrário do que diz a reportagem, contudo, a Resolução não veda nem exclui a possibilidade de realização de eleição. Importante destacar, ainda, que o processo seletivo não contraria nenhum dispositivo da Lei Complementar 108 ou da Resolução MPAS/CGPC nº 07, de 21 de maio de 2002, que antes tratava do assunto e que deverá ser revogada pela nova resolução. Além disso, a nova redação reforça a importância de elevar a qualidade dos dirigentes e aprimorar a gestão das EFPC independentemente de serem indicados por patrocinadores ou participantes.”
Fonte: Agência ANABB

19 dezembro 2019

Endividamento crônico é realidade de metade dos Aposentados e Pensionistas do PB-1 da PREVI.




Sempre defendi que Educação Financeira não é sinônimo de economizar dinheiro, ao contrário, é aprender a gastar.

O maior mau do Aposentado Bancário é achar que suas amadas esposas não têm que entender o que acontece no dia a dia, como se toca as finanças e na maioria dos casos esconde a verdade, quando a pessoa vem a óbito, deixa uma terra arrasada com inúmeros problemas para ser enfrentados.

Então se descobre todas as dificuldades que vamos enfrentar, e a porta do crédito fácil, como era na nossa folha de pagamento, este é o meu caso isolado,(exemplo), mas existe colegas que usou o crédito para problemas de saúde, lazer, investimento, enfim cada um tem o livre arbítrio para fazer o que bem entender, quem sou eu ou você para julgar quem quer que seja.

Este espetáculo é para você que não se lembra como naufragou num mar de dívidas e agora briga para não ser tragado pelas sucessivas ondas de juros, multas e castigos por ter caído na armadilha financeira do endividamento fácil, era assim que a Previ o nosso fundo de pensão sempre administrou os seus negócios com participantes, Empréstimo Simples e Financiamentos imobiliários, ainda lembro do meu ES pego em 2003, minha primeira dívida de R$ 15.000,00 em 50 vezes de R$440,00.

Não se engane, para sair desta situação leva tempo, muito tempo, mas após a reorganização financeira se vive muito melhor, com mais qualidade de vida, o líquido do contra- cheque, vai melhorando a medida que vamos vencendo essas dificuldades, tem que ter muita disciplina e mudanças de vida e hábitos por completo para voltar a ter o reequilíbrio nas contas pessoais.

Que atire a primeira pedra quem nunca se endividou ao menos uma vez na vida.

Ao contrário do que muitos pensam, dívidas não são aquelas que fazemos após bons investimentos ou com a compra de um carro, uma casa ou uma viagem.

Endividar-se vai muito além de pagar em parcelas, resultando em uma impotência para conseguir salda-las, demanda tempo e disposição, mas acaba que no meio do caminho vira bola de neve e muitos já não consegue mais sair com facilidade deste problema que se torna crônico.

Mas onde quero chegar com tudo isto, que existe sempre uma raça de víboras, que são os anônimos do mau, que são sempre os donos da verdade, que sempre ataca quem precisa ou esta vivendo tempos de grandes aflições na sua vida financeira, o nosso fundo de pensão, na sua Diretoria e Conselhos Deliberativo e Fiscal, fecha os olhos para o problema que eles criaram, quando abriu a folha de pagamentos para os Agiotas de plantão, fazendo com que a margem consignável nunca fosse respeitada, e por outro lado a ave de mau agouro chamada Patrocinador Banco do Brasil S/A, também de semelhante modo abriu as suas linhas de crédito para comer juntos, mais de 70% do bruto dos contracheques, e ainda existe outro fator, ao longo do tempo da aposentadoria ou pensão, o endividado vê seu poder de compra sendo engolido pela reposição do índice inflacionário maquiado por sucessivos governos e sem falar na mordida do leão e da perca de 12 parcelas do BET( Benefício Especial Temporário) que foi nos tirado da noite para o dia numa espetacular canetada pela Previ.

Falamos tanto em educação financeira, que bancários tem que saber lidar com dinheiro, mas nossas associações que são lotadas por esses indivíduos nada fazem para proteger e lutar por essa classe de sobreviventes, de colegas que vive em cima de uma corda bamba, sempre fazendo verdadeiros malabarismos para por o pão de cada dia na mesa.

Como todos sabem a nossa  Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil S/A, não cumpria uma lei como a do consignado, lei 13.183, de 2015, e só em 25/10/2016, foi obrigada a mudar o sistema que a obrigava ao novo enquadramento, como é permitido dentro da Lei, foi então que seu acordo com os demais AGIOTAS foi quebrado para toda a população do PB 1 DA PREVI.

O caminho para crescer e sair desta situação, passa também por um processo, olhar para o futuro, imaginar uma vida melhor para daqui a 5 ou 10 anos, traçar um caminho, um plano de ação para chegar lá, pedir orientação para quem sabe e ser fiel a esse caminho.

Bons hábitos levam sempre a bons resultados, e desde já quero aqui registrar o meu Feliz Natal a todos vocês meu colegas, meus companheiros de lutas e batalhas, respeitados homens e mulheres que não fizeram nada de errado a não ser lutar pela sua casa, e sua família, quem não tem pecado que atire a primeira pedra duas vezes.

- Simão, tenho uma coisa para lhe dizer:
- Fale, Mestre! - respondeu Simão.
Jesus disse:
- Dois homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinquenta, mas nenhum dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais?
- Eu acho que é aquele que foi mais perdoado! - respondeu Simão.
- Você está certo! - disse Jesus.
Então virou-se para a mulher e disse a Simão:
- Você está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.
Você não me beijou quando cheguei; ela, porém, não para de beijar os meus pés desde que entrei.
Você não pôs azeite perfumado na Minha cabeça, porém ela derramou perfume nos Meus pés.
Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados.
Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.
Então Jesus disse à mulher:
- Os seus pecados estão perdoados.
Os que estavam sentados à mesa começaram a perguntar:
- Que homem é esse que até perdoa pecados?
Mas Jesus disse à mulher:
- A sua fé salvou você. Vá em paz. (LUCAS 7 v. 36-50).

Não vamos julgar para não sermos julgados, dívidas é situação de foro íntimo, e cada um de nós endividados sabe o tamanho do problema que enfrentamos por esse desequilíbrio, e ninguém volta a ter uma vida normal enquanto não fechar a lacuna em nossa história de vida.

PAZ E LUZ A TODOS, FELIZ NATAL!!!

16 dezembro 2019

Corte de convênio do INSS prejudica funcionários e beneficia bancos privados

Convênio, que existia desde 1967, trazia ganhos para o INSS, para a Cassi, a Previ e para o Banco do Brasil; sem ele, todos perdem.


A decisão unilateral do INSS de encerrar o pagamento dos benefícios por meio do convênio com a Previ vai na contramão dos interesses dos associados.

O convênio existe desde 1967 e, por meio dele, todos ganhavam. O INSS, os associados, a Cassi, a Previ e o banco.

O INSS sempre ganhou porque, por força do convênio, retirou pessoas de suas agências, permitindo um melhor atendimento a quem precisava frequentar suas dependências. E teve grande parte do seu trabalho interno de processamento de gestão de pagamento de benefícios realizada pela Previ. Além disso, ao invés de o Instituto pagar benefícios do 1° ao 5º dia útil de cada mês, passou a desembolsar os valores apenas no 5º dia útil – dia efetivo do repasse mensal à Previ.

Com isso, o INSS obtém claro ganho em seu fluxo de caixa. Sem contar que os controles da Previ permitiam informar tempestivamente óbitos ao INSS, antes mesmo de o Instituto tomar conhecimento do evento pelo Sistema Nacional de Óbitos (Sisob).

Para os associados, os benefícios sempre foram evidentes. Recebiam no dia 20 o benefício do INSS, antecipado pela Previ, e ainda podiam acrescentar esse valor em sua base para o cálculo da margem consignável para obtenção de empréstimo simples e financiamento imobiliário. Além disso, estavam vinculados ao recadastramento somente da Previ.

A Cassi e o banco também perdem

Para a Cassi, o maior benefício era o controle da Previ sobre os valores do INSS para repasse da contribuição estatutária. Novas concessões de benefícios, ou mesmo revisão dos atuais benefícios, não serão mais acompanhadas em tempo real pela Previ.

A Previ somente terá acesso a esses valores em períodos de recadastramento anual. O que acarretará perda de receita para a Cassi, que passará a ter de cobrar atrasados de quem ficar com sua informação de benefício do INSS defasada junto à Previ ou à Cassi.

Para a Previ, os benefícios se traduziam em um cadastro atualizado mensalmente. Em especial para o controle dos benefícios complementares, que são aqueles concedidos até 1997, utilizando o benefício do INSS na base de cálculo do benefício Previ.

Para o banco, o convênio com o INSS garantia um público cativo recebendo um fluxo mensal de quase R$ 300 milhões. A partir do encerramento unilateral do convênio, as pessoas poderão optar por receber seus benefícios do INSS em qualquer banco.

Seis bancos privados ganham

Então, se todos que ganhavam com o convênio e agora irão perder, quem estará ganhando? A resposta pode estar no recente leilão que o INSS fez de sua folha de pagamento para seis bancos (Santander, Crefisa, Agibank, Itaú-Unibanco, BMG e Mercantil do Brasil). No período 2020/2024, esses bancos passarão a pagar os benefícios de todos que vierem a se aposentar. E além disso podem oferecer crédito consignado e a venda de seus produtos, inclusive a abertura de contas correntes, porta de entrada para a farta cobrança de tarifas.

Como informou no site, a Previ “está negociando com o Instituto a manutenção do pagamento do benefício no Banco do Brasil, na mesma conta atualmente utilizada para o crédito de proventos”. Isso poderá diminuir o transtorno de quem já vai ter que repensar seu fluxo de caixa até o mês de fevereiro de 2020 para adaptar-se às mudanças que ocorrerão a partir de março.

Fonte: Dirigentes eleitos da Previ


09 dezembro 2019

INSS encerra pagamento pela Previ.

A partir de março de 2020, os benefícios do INSS não serão mais adiantados na folha de pagamento da Previ.

Por decisão unilateral do INSS, a partir de março, o benefício do instituto não será mais adiantado na folha de pagamento da Previ. Em comunicado oficial às entidades fechadas de previdência complementar, o INSS informou que o benefício será pago pela rede bancária, em calendário que será divulgado pelo próprio instituto.
O último crédito do benefício do INSS por meio do convênio da Previ será relativo ao mês de fevereiro, cujo pagamento será efetuado no dia 20 daquele mês. O benefício referente a março será creditado pelo INSS até o 5º dia útil de abril. A Previ está negociando com o instituto a manutenção do pagamento do benefício no Banco do Brasil, na mesma conta atualmente utilizada para o crédito de proventos.
Desde o recebimento do comunicado formal, reproduzido abaixo, a Previ vem tentando junto ao INSS dar continuidade ao convênio, sem êxito.
“Devido às mudanças adotadas pelo INSS na sistemática de pagamento de benefícios informamos que a partir do próximo exercício, os benefícios vinculados a esse convênio serão transferidos para pagamento pela rede bancária contratada pelo INSS”.
A Previ continua em contato com o INSS para obter mais esclarecimentos e orientações para repassar a seus participantes.

NOTA DO BLOG:
Caros Colegas do Blog, com a retirada da parte do INSS do complemento da Previ, muitos colegas não vai mais ter como operar com o Empréstimo Simples, automaticamente esta sepultado de vez, devido a falta de margem consignável,praticamente inviabiliza por muitos e muitos anos a sua retomada principalmente por aqueles que recebe um valor menor de benefício.
Por outro lado abre aos agentes consignatários do INSS novos benefícios que pode ser usados para consignação de até 35% dos seus benefícios, sendo 30% margem para novos empréstimos e 5% para usar com cartão de crédito. 
Mas uma vez a Previ perde uma oportunidade de melhorar a vida dos seus aposentados e pensionistas e se a intenção era acabar com a modalidade de empréstimos aos participantes desta vez tiveram a ajuda do INSS para esse feito, como sempre estão soltando foguete na praia do botafogo.
Aperte seu cinto de segurança, que as vacas magras, vão ficar ainda  mais magras em nosso caminho, eu não vou ser afetada porque meu benefício já é apartado, recebo no 5 dia útil parte do INSS e o complemento da Previ no dia 20.
Quando apartei meu benefício fiquei 4 anos sem poder renovar o meu ES, até que a margem voltou ao normal.

12 novembro 2019

VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA DA CASSI COMEÇA DIA 18



No final do mês de outubro, o Banco do Brasil comunicou que o Conselho Diretor do banco aprovou a nova proposta de reforma estatutária da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), que foi elaborada por algumas entidades representativas dos funcionários e apresentada ao banco pelo Conselho Deliberativo da Cassi. 

A consulta ao corpo social sobre alteração estatutária da Cassi será votada entre os dias 18 e 28 de novembro.
Na opinião do coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, “a Cassi passa por um momento difícil, com grande déficit fiscal e o risco é ter a carteira do plano associados alienada e transferida para o mercado de saúde privada”. Em função disso, na visão do representante da Contraf-CUT, “o aceite pelo banco de uma nova proposta elaborada em conjunto pelas entidades de representação, com o auxílio do corpo técnico da Cassi é considerada uma grande vitória”. Ao defender sua posição ele faz referência, sobretudo, ao aporte imediato de R$ 1 bilhão para o Plano Associados.
No entanto, não há consenso por parte dos funcionários do BB sobre a proposta aprovada no Conselho Deliberativo. Para a diretora da Fetrafi, Cristina Garbinatto, que é também funcionária do banco, a proposta não garante o futuro da Caixa de Assistência. “Alertamos a todos que o corpo social está sendo chamado a votar para analisar uma proposta requentada. Segundo Cristina, os pressupostos da proposta já foram reprovados duas vezes em consultas ao corpo social. “Além do mais, ela é um paliativo que nos obrigará, em pouco tempo, a nova negociação em condições muito piores”, ressaltou.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibilizou na área restrita de seu site e enviou para os sindicatos e federações os arquivos do boletim O Espelho, especial sobre a nova proposta de reforma de estatuto da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi).
Fruto de negociação entre as entidades representativas dos funcionários (Contraf-CUT, Anabb, AAFBB, FAABB) e a diretoria do Banco do Brasil, a proposta foi construída em conjunto com os diretores e conselheiros eleitos e indicados da Cassi e traz melhorias aos associados, mesmo nesta conjuntura de ataque aos direitos dos trabalhadores, ameaças de privatização e destruição das empresas públicas. A Contraf-CUT/CN e a Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) indicam o voto sim.

04 novembro 2019

Vote sim na proposta para a Cassi.

Na proposta que será votada agora em novembro, se o NÃO for expressivo e ela for derrotada,  muito provavelmente o banco tentará acabar de vez com a CASSI através da liquidação ou alienação da carteira.

Isto porque,  sem os recursos do acordo vincendo em dezembro próximo , os números se tornam insustentáveis.   

Eles já provaram que não se interessam por nossos direitos, pois sequer compareceram nas reuniões para a elaboração da atual proposta. 

Só aceitaram  colocá-la em votação porque ela atende a todos seus interesses em relação à CASSI. 

É óbvio que poderão mudar de estratégia, considerando a quantidade de ações judiciais e liminares  buscadas pelos  associados para garantia de atendimento.
  
   Se o SIM ganhar, a CASSI terá condições de sobreviver até o final de 2021, quando encerra a participação adicional do BB ( previsto na proposta atual).  

A partir daí (2021) teremos que decidir sobre outros acréscimos, somente para os associados, uma vez que o patrocinador foi beneficiado pela atual alteração do estatuto fixando de vez sua participação em 4,5%.   

Com a solidariedade quebrada com o pagamento por dependentes, a solução possível em 2021,  provavelmente,  incluirá o pagamento por FAIXA ETÁRIA,  e este conjunto de medidas para salvar a CASSI em 2021 expulsará a maioria dos aposentados  com menores salários, uma vez que não terão condições de contribuir nos valores necessários.

    Lógico que em 2021 ainda será cabível ações judiciais para defender nossos direitos, contratados quando tomamos posse no BB,  que previa a vinculação automática à CASSI nos termos ofertados na época, mas as demandas serão bem mais complexas, pois os associados, por livre e espontânea vontade, decidiram liberar o patrocinador de de sua responsabilidade contratada (caso o SIM vença).

   Não é uma decisão fácil, pois existem riscos por todos os lados. 

Eu, não posso votar, sou PENSIONISTA e não tenho direito a voto na CASSI, mas votaria SIM, SIM, SIM, SIM, SIM, DESTA VEZ NÃO TEMOS ALTERNATIVAS.

Sugiro que todos estudem a proposta, analisem os riscos, e tomem suas próprias decisões. 

TALVEZ ESTE SEJA UM DOS VOTOS MAIS IMPORTANTES DE SUA VIDA.

TODOS PELO SIM !
TODOS PELO SIM !
TODOS PELO SIM !
TODOS PELO SIM !
TODOS PELO SIM !
TODOS PELO SIM !
TODOS PELO SIM !

Em mensagem dirigida aos associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), o seu presidente Dênis Corrêa apresentou, no hotsite #futuroagora (www.cassi.com.br/futuroagora), um espaço exclusivo com todas as informações, a proposta de recuperação da entidade.

31 outubro 2019

Isa Musa de Noronha, Presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil

 Cassi

A propósito da reportagem “Cassi, do Banco do Brasil, precisa de R$ 1,4 bi para não quebrar”, divulgada no Blog do Vicente, do Correio (22/10), permito-me contestar a veracidade das informações publicadas com tendenciosa dramaticidade. É verdade que a Cassi enfrenta sérias dificuldades, contudo, trata-se da maior autogestão do país, atende a mais de 700 mil vidas, perdura há 75 anos e é referenciada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como experiência exitosa no Laboratório de Inovação em Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira e vem honrando todos os seus compromissos com a rede credenciada/referenciada, médicos, hospitais e clínicas. Não é verdade que os associados da Cassi, funcionários do BB da ativa e seus aposentados e pensionistas, resistem em aumentar suas contribuições. Ao contrário, desde 2015, as entidades representativas do funcionalismo enviam propostas de sustentabilidade, todas rejeitadas peremptoriamente pelo patrocinador Banco do Brasil, que age consoante com as determinações do governo. A Cassi existe para proporcionar a seus associados a atenção à saúde, que deveria ser responsabilidade do Estado. No entanto, o Estado sempre se mostrou ineficiente em cumprir a Constituição quanto ao direito à saúde de toda a população consoante o disposto no art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Na falta de ações efetivas do Estado, em 1944, os funcionários do Banco do Brasil criaram a Cassi, que se mostrou fundamental para a interiorização do banco quando foi necessário a presença do BB para incentivar a produção de gêneros alimentícios em uma época de guerra e alimentos escassos. Hoje, o modelo de atenção à saúde no Brasil, a Cassi é associação de ajuda mútua, baseada no princípio de solidariedade, segundo o qual cada participante contribui com base em sua remuneração e utiliza os serviços na medida de suas necessidades, proporcionando a todos tranquilidade no que se refere à saúde.






Isa Musa de Noronha,

Presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil


FONTE: http://www.afago.com.br/

11 outubro 2019

Entidades iniciam debate sobre solução para a Cassi

Entidades iniciam debate sobre solução para a Cassi




BY BANCARIOS PA ON 10 DE OUTUBRO DE 2019BANCO DO BRASILNOTÍCIAS
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades (Anabb, AAFBB, FAABB e Contec) que compõem a mesa de negociação sobre a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil se reuniram na terça-feira (8) com a Diretoria Executiva da Cassi para iniciar os debates sobre construção de uma proposta de solução para a situação econômico-financeira da entidade. Nesta primeira reunião, foram apresentados os números atuais.
“Iniciamos as conversas com a atualização dos dados para encontrarmos uma solução factível”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), João Fukunaga. “Vimos que a situação é ainda mais preocupante do que já era e que, se não chegarmos a uma proposta que seja aceita pelos associados e pelo banco, a Cassi corre sério risco de não ter como arcar com os pagamentos já em janeiro”, completou.

Aumento de custos

A representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), Luciana Bagno, reforçou a preocupação. “A instauração da direção fiscal na Cassi gerou uma corrida. Associados anteciparam procedimentos que seriam realizados mais tarde e prestadores anteciparam faturas. Isso gerou um aumento extraordinário dos custos, que consumiu toda a nossa reserva e já gerou déficit”, explicou.
A corrida dos associados e prestadores citada pela dirigente consumiu os R$ 82 milhões que havia de superávit até o final de junho e ainda gerou um déficit de R$ 20,974 milhões ao final de agosto.
Esta corrida pode ser claramente constatada ao analisarmos os custos por semana. Até a quarta semana de julho, o valor orçado (R$ 84,142 milhões) cobria o custo realizado (R$ 76,519 milhões). A partir da quinta semana de julho, isso se inverte. O valor orçado (R$ 84,142 milhões), não é suficiente para cobrir o custo efetivo (R$ 114,247 milhões).
“Somente na terceira e na quarta semana de agosto o orçamento cobriu o custo. Mas, na quinta o resultado voltou a ser negativo”, disse a dirigente sindical.

Urgência da solução

O coordenador da CEBB, reforçou a urgência de os associados, as entidades de representação e o Banco do Brasil chegar a uma solução de consenso para a Cassi.
“No acumulado de agosto fechamos com R$ 120 milhões de patrimônio social a descoberto. No total, são R$ 904 milhões descobertos, o que coloca a Cassi abaixo da margem de solvência. Além disso, a partir de janeiro, se não aprovarmos uma proposta, deixam de entrar os recursos extraordinários definidos no Memorando de Entendimentos. Aí, não haverá muito o que fazer”, alertou Fukunaga.
O resultado líquido de agosto ficou negativo em R$ 20,974 milhões. No ativo garantidor o saldo negativo chegou a R$ 116 milhões.

Construir a solução

As entidades de representação e a diretoria executiva continuam reunidas nesta quarta e quinta-feira para dar andamento aos procedimentos de elaboração de uma solução a ser validada pelo banco e, posteriormente, encaminhada para a apreciação dos associados.
“Temos que trabalhar rápido. Não nos resta muito tempo”, finalizou o coordenador da CEBB.
Fonte: Contraf-CUT


Outros sites com a mesma matéria:


09 outubro 2019

Contraf-CUT encaminha proposta sobre a Cassi para análise do BB

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em comum acordo entre as entidades (Anabb, AAFBB, FAABB) que compõem a mesa de negociação sobre a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), encaminhou ao Banco do Brasil, nesta terça-feira (8), o “Manifesto – proposta” de solução para a Cassi, elaborado por um grupo de 26 pessoas, que participaram do Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do BB, realizado no dia 28 de setembro.

A Contraf-CUT solicitou que o banco analise e apresente uma resposta sobre a proposta, que sugere a revisão provisória do custeio do Plano Associados da Cassi, a vigorar de janeiro de 2020 a dezembro de 2024.

A proposta do documento, tornado público pelos seus signatários, prevê o aumento das contribuições dos associados da ativa e aposentados para 5,6% dos salários ou benefícios de aposentadoria. Propõe também o aumento das contribuições do patrocinador, o Banco do Brasil, dos atuais 4,5% para 8,4% dos salários do pessoal da ativa, mantendo os 4,5% sobre os benefícios previdenciários, acrescido de 3,9% a título de taxa de administração.

“Considerando que tal proposta implica no aumento das contribuições do Banco do Brasil como patrocinador e terá de ser acatada por ele, e considerando que sem esta majoração não faz sentido consultar os associados a respeito do aumento de suas próprias contribuições, encaminhamos o documento para apreciação e solicitamos uma reposta do banco”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Assim que o banco se manifestar a respeito, encaminharemos a resposta aos companheiros e, se for o caso, para apreciação dos associados. Enquanto isso, conclamamos a todos participarem das manifestações e atividades que vêm sendo organizadas pelas entidades sindicais em defesa da Cassi”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT




18 setembro 2019

BANCÁRIOS DO BB NO ESPÍRITO SANTO DEFINEM PROPOSTAS EM DEFESA DA CASSI


Publicado em: 13/09/2019
Bancários e bancárias do Banco do Brasil no Estado do Espírito Santo participaram na noite desta quinta-feira, 12, da plenária sobre o custeio e sustentabilidade da Cassi. Durante o encontro, os bancários elegeram os delegados capixabas para o Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do BB, que ocorrerá no dia 28 de setembro, em São Paulo, e definiram as principais propostas que serão defendidas pelos bancários capixabas para sanar os problemas financeiros da caixa de assistência.
A manutenção da solidariedade e da proporção de 40/60 para o custeio da Cassi estão entre as principais alternativas apresentadas pelos bancários capixabas. “Vamos defender a garantia dos nossos direitos, a solidariedade, o direito a ter um plano de saúde para a vida toda, mantendo a nossa dignidade. Também vamos lutar para que a Cassi continue ampliando o programa de atenção primária à saúde. É importante que os bancários estejam atentos a todos os informativos, participem da mobilização, dos eventos que serão realizados e usem a camisa. Quem tiver dúvidas, pode procurar os diretores do Sindibancários/ES ou o Conselho de Usuários. O momento é de união, resistência e mobilização em defesa da Cassi. Precisamos nos sentir parte da nossa caixa de assistência, que é uma conquista nossa”, enfatiza a diretora do Sindibanários/ES, Goretti Barone.
A plenária contou com a participação do coordenador geral do Sindibancários/ES, Jonas Freire. Bancário do Banestes, ele foi convidado para falar sobre a situação da Banescaixa, que passou pelo desmonte bem similar ao que o BB quer impor à Cassi.
“Os bancários do Banestes tinham um plano similar à Cassi, com pagamento por percentual. Em 2009, com o argumento de que o plano apresentaria déficit, o banco acabou com a solidariedade e passamos a contribuir por dependente. O resultado desse desmonte foi que, após dez anos, o plano consumiu toda reserva que tinha e hoje apresenta déficit. Os mais prejudicados foram os aposentados, que perderam o direito à contribuição do banco e hoje pagam um valor altíssimo, similar a um plano de mercado. Além disso, enfrentamos agora uma redução drástica da rede de médicos e hospitais credenciados, que vem prejudicando todos os associados”, enfatiza Freire.
Sexta é dia de defender a Cassi!
Os bancários também aprovaram um dia de luta permanente em defesa da Cassi. Toda sexta-feira, bancários e bancários do BB devem vestir a camisa “A Cassi é nossa”, que está sendo distribuída pelo Sindibancários/ES. Quem ainda não tem, pode entrar em contato com o Sindicato para solicitar a sua.
Confira as propostas defendidas pelos bancários capixabas:
  • É primordial manter o princípio da solidariedade na Cassi, definido desde sua criação em 1944;
  • Somos contrários a qualquer alteração estatutária;
  • Que qualquer alteração de custeio seja feita via memorando de entendimento;
  • Concordando com a elevação da nossa contribuição no percentual necessário para a cobertura do custeio, mantendo a proporção 40/60;
  • Garantir a ampliação da Estratégia Saúde da Família, buscando sua implementação em todo o país;
  • Somos contrários ao aumento de coparticipação para fins arrecadatórios, uma vez que a mesma só pode ser usada para fins educacionais e de controle;
  • Realizar um seminário nacional para discutir a sustentabilidade da Cassi, com participação das entidades do funcionalismo e do movimento sindical.
Delegados eleitos para o Encontro Nacional de Saúde:
  • Goretti Barone
  • Mônica Ferreira de Almeida
  • José Carlos Noronha Camargo
  • Thiago Duda
Cassi fechada para debate
Na última terça-feira, 10, empregados da ativa, aposentados, representantes da associação de aposentados e diretores do Sindibancários/ES participaram de uma reunião com o presidente da Cassi, Dênis Corrêa, e a diretora de Administração e Finanças, Ana Cristina Garcia. Durante o encontro, que foi realizado no auditório da Superintendência do banco, os gestores da Cassi apresentaram os resultados dos últimos meses e as medidas emergenciais adotadas para manter o equilíbrio das contas. No entanto, os associados não puderam questionar ou debater a situação da Cassi.
“Foi importante a vinda do presidente e da diretora de Administração. No entanto, foi um espaço apenas para informação, onde os associados sequer puderam debater questões pertinentes sobre o plano. É preciso que a Cassi mantenha um canal aberto de diálogo. Não basta fazer insinuações ou instalar o terror sobre o fim da Cassi. É preciso ouvir e dialogar com os usuários sobre outras propostas a respeito da sustentabilidade da nossa caixa de assistência, afinal somos donos e não apenas usuários”, criticou Goretti.
Ataques à Cassi
O Plano de Associados da Cassi apresenta um déficit estrutural, e o banco vem pressionando a categoria para alterar o estatuto da Cassi, com mudanças que seriam prejudiciais aos trabalhadores. A proposta do banco, já rejeitada pelos associados, pretendia quebrar o princípio da solidariedade e a paridade entre ativos e aposentados, transformando a Cassi em um plano similar aos de mercado.
Em junho, o Conselho Deliberativo da Cassi aprovou novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas. Os associados passam a ter que pagar 50% do valor de consultas de emergência, ou não, sessões de psicoterapia e acupuntura e visitas domiciliares, e 30% dos serviços de fisioterapia, RPG, fonoaudiologia e terapia ocupacional que não envolvam internação hospitalar.
Os aumentos da coparticipação estavam condicionados ao aporte de recursos pelo BB na Cassi. Mas, até o momento o banco não se manifestou. Por isso, o não houve o reajuste.
Desde julho, a Cassi está sob intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que nomeou uma interventora ligada ao mercado de saúde privada.

17 setembro 2019

CASSI: DIANTE DE PRESSÃO, BB AVISA QUE SÓ NEGOCIA SEGUNDO PARÂMETROS DA ANS


Publicado em: 13/09/2019
O Banco do Brasil negou de imediato o pedido de prorrogação do Memorando de Entendimentos feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades que negociam uma solução para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) – Anabb, AAFBB, FAABB e Contec. O memorando, firmado em 2016 e com validade até dezembro de 2019, garante o aporte extraordinário de cerca de R$ 500 milhões por ano ao Plano Associados, sendo 60% deste valor de responsabilidade do banco e outros 40% de responsabilidade dos associados. A reportagem é da Contraf-CUT.
Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, a resposta do banco veio por meio de um burocrático ofício encaminhado às entidades representativas. “Sem a entrada destes recursos, o plano de saúde não terá como honrar seus compromissos com os credenciados a partir de janeiro do próximo ano. O banco é responsável pela saúde de seus funcionários e corresponsável pela solução dos problemas financeiros da Cassi, e os associados esperavam uma resposta mais afirmativa”, disse.
BB nega GDI, essencial para recompor reservas
Outra reivindicação das entidades negada foi o adiantamento dos recursos de responsabilidade do banco com o custeio do Grupo de Dependentes Indiretos (GDI). São cerca de R$ 450 milhões, suficientes para recompor reservas exigidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O banco deixou, no entanto, uma fresta da porta aberta, ao responder que a antecipação dos valores do GDI só pode ser avaliada pelo banco conjuntamente com uma solução definitiva para a Cassi.
O GDI é formado por dependentes indiretos, tais como pais e mães de associados, inscritos na Cassi até o final da década de 1990. Por decisão dos associados, a sua inclusão não é mais permitida, mas o banco arca vitaliciamente com parte do custeio dos dependentes que estavam inscritos até a data da mudança estatutária.
BB ameaça não pagar nem o que havia acordado
No ofício-resposta às entidades, o banco alega que só aceita um acordo que se enquadre nos parâmetros exigidos pela ANS e pelos órgãos de controle do governo – cobrança por dependente e/ou por faixa etária, implantação da paridade contributiva, autopatrocínio para os futuros aposentados.
O banco ainda escreveu no ofício que os valores já “previstos em orçamento e não efetivamente desembolsados” pelo banco “podem ter sua disponibilidade comprometida”. Em outras palavras: os recursos reservados para custeio dos compromissos previstos no acordo não aprovado pelos associados em maio deste ano podem não mais estar disponíveis.
“Se efetivada esta ameaça, será implantado o caos na Cassi”, alertou Fukunaga. “Neste mês de mobilização em defesa da Cassi, os funcionários darão uma resposta, mostrando toda a sua indignação e exigindo que o banco honre seus compromissos com a saúde dos funcionários e seus familiares”, completou.

20 agosto 2019

Funcionários se mobilizam contra ataques à Cassi.


Sindicatos dos bancários de todo o país realizam na quinta-feira (22) um “Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi” em protesto contra diversas medidas implementadas pela direção do Banco do Brasil que prejudicam os funcionários. A Cassi é a caixa de assistências dos funcionários do banco. A data foi definida no 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado nos dias 1 e 2 de agosto, em São Paulo e faz parte de um calendário de lutas em defesa da Cassi e do Banco do Brasil como instituição pública, capaz de promover o desenvolvimento do país.

“Na semana passada, a Cassi soltou uma nota defendendo a posição do banco, que diz que vai disponibilizar apenas 4,5% dos salários, ou benefícios dos associados para custear o plano de saúde. Essa é uma postura que vai contra os próprios interesses da Cassi. Queremos que a Cassi se junte aos associados e cobrem do banco a reabertura das negociações”, defendeu o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Para o coordenador da CEBB, a nota foi desmedida, causou apavoramento desnecessário em um momento que é preciso serenidade e seriedade para se encontrar uma saída para a situação em que se encontra a Cassi. “Afinal, ela é boa para os associados, mas também é boa para o banco”, disse.

Fukunaga defendeu ainda que o valor que o banco quer dispor não é suficiente para que os associados arquem com o custo de um plano de saúde com a mesma qualidade e capilaridade da Cassi. “O ônus vai recair sobre as costas dos trabalhadores”, afirmou.

Diálogo e negociação

No dia 22, dirigentes sindicais vão dialogar com os funcionários, seus dependentes e com a população sobre o que está acontecendo com a Cassi. Também vão recolher assinaturas em um abaixo-assinado em defesa da Cassi, contra as arbitrariedades da atual gestão do banco e solicitando a reabertura das negociações.

Os formulários com as assinaturas serão entregues ao presidente da diretoria executiva e ao presidente do conselho deliberativo da Cassi e ressaltarão a importância da cobrança de alternativas coletivas para a manutenção do plano de saúde dos funcionários e seus dependentes.

Material de apoio

A Contraf-CUT disponibilizou no seu site, na área restrita às federações e sindicatos filiados, materiais de apoio ao Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi. Os mesmos também foram enviados por e-mail.

Uma edição especial do boletim O Espelho, o formulário do abaixo-assinado e a arte de um adesivo estão entre os materiais a serem utilizados.

“Os funcionários precisam se unir e se mobilizar pela manutenção dos direitos em saúde. Precisam entender que eles são gestores da Cassi e se apoderar do sistema para enfrentarmos os ataques que buscam acabar com a Cassi e entregar a saúde dos funcionários aos sistemas privados de saúde. Sabemos o custo que um plano privado tem para os funcionários e dos limites que são impostos”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT