17 setembro 2019

CASSI: DIANTE DE PRESSÃO, BB AVISA QUE SÓ NEGOCIA SEGUNDO PARÂMETROS DA ANS


Publicado em: 13/09/2019
O Banco do Brasil negou de imediato o pedido de prorrogação do Memorando de Entendimentos feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades que negociam uma solução para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) – Anabb, AAFBB, FAABB e Contec. O memorando, firmado em 2016 e com validade até dezembro de 2019, garante o aporte extraordinário de cerca de R$ 500 milhões por ano ao Plano Associados, sendo 60% deste valor de responsabilidade do banco e outros 40% de responsabilidade dos associados. A reportagem é da Contraf-CUT.
Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, a resposta do banco veio por meio de um burocrático ofício encaminhado às entidades representativas. “Sem a entrada destes recursos, o plano de saúde não terá como honrar seus compromissos com os credenciados a partir de janeiro do próximo ano. O banco é responsável pela saúde de seus funcionários e corresponsável pela solução dos problemas financeiros da Cassi, e os associados esperavam uma resposta mais afirmativa”, disse.
BB nega GDI, essencial para recompor reservas
Outra reivindicação das entidades negada foi o adiantamento dos recursos de responsabilidade do banco com o custeio do Grupo de Dependentes Indiretos (GDI). São cerca de R$ 450 milhões, suficientes para recompor reservas exigidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O banco deixou, no entanto, uma fresta da porta aberta, ao responder que a antecipação dos valores do GDI só pode ser avaliada pelo banco conjuntamente com uma solução definitiva para a Cassi.
O GDI é formado por dependentes indiretos, tais como pais e mães de associados, inscritos na Cassi até o final da década de 1990. Por decisão dos associados, a sua inclusão não é mais permitida, mas o banco arca vitaliciamente com parte do custeio dos dependentes que estavam inscritos até a data da mudança estatutária.
BB ameaça não pagar nem o que havia acordado
No ofício-resposta às entidades, o banco alega que só aceita um acordo que se enquadre nos parâmetros exigidos pela ANS e pelos órgãos de controle do governo – cobrança por dependente e/ou por faixa etária, implantação da paridade contributiva, autopatrocínio para os futuros aposentados.
O banco ainda escreveu no ofício que os valores já “previstos em orçamento e não efetivamente desembolsados” pelo banco “podem ter sua disponibilidade comprometida”. Em outras palavras: os recursos reservados para custeio dos compromissos previstos no acordo não aprovado pelos associados em maio deste ano podem não mais estar disponíveis.
“Se efetivada esta ameaça, será implantado o caos na Cassi”, alertou Fukunaga. “Neste mês de mobilização em defesa da Cassi, os funcionários darão uma resposta, mostrando toda a sua indignação e exigindo que o banco honre seus compromissos com a saúde dos funcionários e seus familiares”, completou.

8 comentários:

Rosalina de Souza disse...

Os usuários do plano de saúde da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) devem ficar atentos as decisões do Governo Federal. O alerta é da presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivânia Pereira. De acordo com ela, o governo pretende acabar com os planos de saúde coorporativos. "É um momento que exige a comunhão de esforços para que possamos permanecer com a Cassi. Contamos ainda com a contribuição do Banco do Brasil S/A para a construção de uma solução para o saneamento da sua dificuldade financeira, como também a reabertura da mesa de negociação com as Entidades", disse ela.

Ainda de acordo com a presidente do sindicato, foi firmado um memorando em 2016 com validade até dezembro de 2019, o que garante o aporte de extraordinário de cerca de R$ 500 milhões por ano ao plano associado, sendo que 60% deste valor é de responsabilidade do bando e os outros 40% da responsabilidade do associado. Com a negativa, a diretoria do banco coloca em risco a saúde dos funcionários e seus familiares. Caso os recursos não sejam disponibilizados, a Cassi não terá como honrar seus compromissos com os credenciados a partir de janeiro do próximo ano.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e demais entidades que participam da mesa de negociações com o Banco do Brasil e com a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) enviaram uma proposta para que o banco prorrogue o “Memorando de Intenções” que garante os recursos adicionais para a Cassi até dezembro de 2022.

Em Aracaju, o SEEB/SE visitará os funcionários do Banco do Brasil da agência General Valadão, nesta terça-feira (17), às 9h. “Em ação conjunta com a Confederação Nacional dos Bancários (Contraf), estamos cobrando do Banco do Brasil a reabertura de diálogo para construir uma solução de saneamento financeiro da Cassi, que garanta manutenção dos serviços prestados aos participantes do Plano de Associados”, afirma a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira.

Os dirigentes sindicais também realizarão visitas em agências da Caixa Econômica Federal para dialogar com os empregados sobre os ataques praticados pelo governo e pela direção do banco ao plano de saúde dos funcionários do banco federal. A ideia é potencializar a Campanha Saúde Caixa para Todos, idealizada durante o 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em agosto.

A proposta

A proposta enviada pelas entidades ao Banco do Brasil trata sobre cinco temas: 1) governança, gestão e operacionalização da Cassi; 2) contribuição temporária dos participantes do plano de associados; 3) ressarcimento temporário e extraordinário de despesas pelo banco; prestação de contas, continuidade da contribuição, ressarcimento extraordinário e 5) disposições gerais.

De acordo com a presidenta do sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivânia Pereira a proposta das entidades é uma alternativa para evitar medidas tomadas por um órgão externo, que não tem acúmulo de debate sobre a Cassi, ou a judicialização do tema, o que pode gerar ainda mais prejuízos para todos os interessados.

Com o descaso do banco pelas solicitações das entidades de representação dos trabalhadores, o movimento bancário está realiza atividades em todo o País em defesa da Cassi.

FONTE:Bancários de Sergipe cobram do BB prazo para negociações da CASSI
Em Aracaju, o SEEB/SE visitará os funcionários do Banco do Brasil da agência General Valadão, nesta terça-feira (17), às 9h.

Rosalina de Souza disse...

CASSI lança campanha sobre o setembro amarelo
A CASSI publicou em seu perfil do Facebook um artigo especial sobre o setembro amarelo. Neste mês, dedicado a prevenção do suicídio, há muitos debates e informações relacionadas à prevenção.

Para acessar a publicação no Facebook, acesse:
https://www.facebook.com/419827261791735/posts/741460322961759?sfns=mo

Para acessar o artigo da CASSI no site acesse: https://www.cassi.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5966:setembro-amarelo_5966&catid=61&Itemid=705&uf=DF

Anônimo disse...

Já pararam pra pensar q o governo odeia sindicatos?
A negociação não deveria vir dessas associações.

Blog do Ed disse...

O BB se submete às normas do País e as normas do País se submetem às leis. O que que mandam as leis? O que manda a lei maior, a Constiuição?
Edgardo Amorim Rego

Rosalina de Souza disse...

Caro Colega Edgardo Amorim Rego,

Deste modo, cabe ao Judiciário garantir ao cidadão que nele se socorre o tratamento digno que deveria ser obrigação do Estado, não só como forma de garantir o ideário de justiça social consagrado na Constituição Federal, mas sobretudo em razão da dignidade da pessoa humana, garantindo àquele indivíduo, o necessário para que continue sua luta pela vida.
Estamos numa disputa puramente de vaidades, porque nada se justifica para a instalação do caos, na Cassi, como estamos vendo hoje, se não por coisas ocultas e não reveladas até aqui.
De que adiante pagar plano de saúde se não podemos USAR, acabei de chegar do cebrom no setor universitário, onde paguei uma consulta de 250,00, conversando com Dr Telmo de Paula, Ginecologista, ele me disse que a briga da Cassi é porque não deseja mais credenciar os médicos, parou o atendimento médico, aos seus pacientes que era numerosos na CASSI porque as duas cooperativas ao qual fazia parte foi descredenciada.
Infelizmente a briga vem de cima para baixo e nós é que estamos pagando o custo desta verdadeira guerra de VAIDADES.

Anônimo disse...

https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,em-meio-a-surto-de-doencas-ministerio-quer-reduzir-em-r-393-mi-gastos-com-vacinas,70003013213

https://www.tnh1.com.br/noticia/nid/governo-avalia-autorizar-congelamento-do-salario-minimo/

Não tem choro, tudo está nas mãos do posto Ipiranga. Não vai ter compaixão. É um neoliberal nato, vai privatizar tudo, cortar tudo...está com a batuta na mão.
CASSI/Prevenção do Suicídio: tema pontual.

Anônimo disse...

https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,em-meio-a-surto-de-doencas-ministerio-quer-reduzir-em-r-393-mi-gastos-com-vacinas,70003013213

https://www.tnh1.com.br/noticia/nid/governo-avalia-autorizar-congelamento-do-salario-minimo/

Não tem choro, tudo está nas mãos do posto Ipiranga. Não vai ter compaixão. É um neoliberal nato, vai privatizar tudo, cortar tudo...está com a batuta na mão.
CASSI/Prevenção do Suicídio: tema pontual.

Anônimo disse...


Esta situação esta sinalizada, certamente e objetivamente, a partir da Reforma Estatutaria aprovada em 2007.
Desde então ficamos no jogo de cena. Todos fingindo que estão buscando uma solução definitiva. Sempre...adiando: o momento do choque, da chegada do mundo real. Fora da bolha da ilusão.