23 julho 2019

ANS instaura direção fiscal na Cassi


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou nesta segunda-feira, 22/7, resolução que instaura a direção fiscal na Cassi. A ANABB entrou em contato com o novo presidente da Cassi, Dênis Corrêa, que agendou reunião com as entidades que compõem a Mesa de Negociação para a próxima quarta-feira, 24/7, às 14h. Na reunião, além de detalhes sobre a direção fiscal, a Cassi apresentará também o resultado do primeiro semestre de 2019.
Segundo a Resolução da ANS nº 2.439, a determinação da instauração de direção fiscal na Cassi se deve ao descumprimento de indicadores econômico-financeiros acompanhados pela ANS. Em dezembro de 2018, a Caixa de Assistência estava com o patrimônio negativo de R$ 109 milhões e apresentava insuficiência de margem de solvência de R$ 810 milhões. Em 2019, a Cassi vem apresentando resultados positivos, porém permanece em situação econômico-financeira crítica, com números insuficientes para recomposição do patrimônio nos níveis exigidos pelo órgão regulador.

O QUE ACONTECE AGORA

Nos próximos dias será nomeado um diretor fiscal que atuará na Caixa de Assistência. Isso, no entanto, não altera a rotina de prestação de serviços, que será mantida normalmente, bem como os pagamentos a prestadores e demais fornecedores.
A ANABB acompanhará de perto as decisões e manterá os associados informados.

O QUE É O REGIME DE DIREÇÃO FISCAL

Quando há desequilíbrio financeiro nas contas de um plano de saúde, inadequação de garantias financeiras, insuficiência na margem de solvência, patrimônio social negativo, entre outros aspectos, a ANS acompanha a situação e pode atuar instaurando o regime especial de direção fiscal. 
Com a instauração do regime de direção fiscal, a ANS nomeia um diretor fiscal de mercado para analisar a situação da Caixa de Assistência e determinar a apresentação, pela Cassi, de um programa de saneamento de forma a solucionar as anormalidades econômico-financeiras identificadas.
Clique aqui e saiba mais sobre o regime de direção fiscal. 
Fonte: Agência ANABB

4 comentários:

Blog do Ed disse...

Lamentável. O dinheiro da CASSI só tem uma fonte,o BB, ou através do salário, que paga ou pagou aos funcionários, ou através da contribuição que paga diretamente à CASSI. Entendo, pois, que não há situação mais fácil de ser resolvida: é só conversar com o BB, tant omais que os dois interlocutores, ANS e BB pertencem à mesma pessoa,o Governo, o Estado!
Edgardo Amorim Rego

Rosalina de Souza disse...

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou uma resolução, na última sexta-feira, que instaura a direção fiscal na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Chassi), plano de saúde dos funcionários do BB. Ontem, o diretor-presidente da ANS nomeou Maria Socorro de Oliveira Barbosa como a nova diretora fiscal para monitoraras atividades da operadora Segundo a empresa, isso "não altera a rotina de prestação de serviços da Cassi, bem como os pagamentos a prestadores e demais fornecedores". Porém, especialistas em saúde suplementar acreditam que a medida pode elevar os valores de mensalidades de planos de saúde.
A determinação se deve aos sucessivos deficits da Caixa de Assistência. Desde 2012, a operadora está com as contas no vermelho. Em nota, a Cassi ressaltou que "medidas administrativas e a renegociação com prestadores permitiram a redução de despesas assistenciais". Os resultados, entretanto, "ainda foram insuficientes para recomposição do patrimônio nos níveis exigidos pelo regulador".

Procurada, a ANS ressaltou que a medida "não é uma intervenção" e que não afeta o atendimento aos beneficiários. "Trata-se de uma atuação preventiva por meio da qual a ANS nomeia um diretor fiscal, sem poderes de gestão na operadora", informou, em nota. A Direção Fiscal tem duração de até 365 dias, podendo ser renovada.

FONTE:CORREIO BRAZILIENSE - DF

WILSON LUIZ disse...

NEGÓCIO DA CHINA OU MICO?

"Pescado" no clipping do dia da ANABB

A venda da carteira da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) para a iniciativa privada pode ser a saída para resolver a situação deficitária da empresa após a intervenção da Agência Nacional de Saúde (ANS), nesta segunda-feira, dia 22. No ano passado, a empresa, considerada a maior instituição de autogestão de saúde do País, viu seu prejuízo saltar mais de 83%, para R$ 377,7 milhões frente o resultado apurado em 2017. Os déficits se arrastam desde 2012 e, como consequência, têm consumido as reservas da Cassi. Vendê-la é uma opção considerada internamente no BB. Mas, ao menos até aqui, é tida como o último passo a ser dado caso o plano de saneamento da empresa não saia a contento.
Como fica. Com a intervenção da ANS, a diretora fiscal nomeada, Maria Socorro de Oliveira Barbosa, terá 90 dias para reportar a situação da Cassi à reguladora. A partir daí, a entidade tem 30 dias para apresentar seu plano de resgate. A direção fiscal da ANS deve durar 24 meses, prorrogáveis por mais 12.

» Conta não fecha. Por ora, as medidas adotadas, que incluem renegociação dos contratos com prestadores de serviços, têm dado resultado.
Desde novembro, a Cassi apresenta superávits mensais. De janeiro a abril, o resultado é positivo em quase R$ 94 milhões ante déficit de R$ 288,6 milhões no mesmo período de 2018. A cifra, contudo, é insuficiente para a Cassi recompor seu patrimônio líquido e as reservas exigidas pela ANS. Mensalmente, seus gastos com assistência são da ordem de R$ 400 milhões.

» Não é fácil. Vender a Cassi, entretanto, não será uma tarefa fácil. Antes, o BB, patrocinador do plano, tem de negociar com os funcionários do banco e os sindicatos e associações que os representam. Não para por aí. A Cassi também presta serviços a outros órgãos além do BB. O Banco Central é um deles.
Utiliza a Cassi por meio de um convênio de reciprocidade. Procurados, BB e Cassi não comentaram.

Genésio Guimarães - Uberlândia/MG disse...



Vender os planos Cassi Família I e II tem sentido, pois são rentáveis, apesar de que a Cassi os transforma em deficitários de tanto utilizar seus recursos financeiros para (ilegalmente) financiar os déficits crônicos do Plano de Associados, desde 2003.

Agora, vender o Plano de Associados? kkkk!..., não tem o menor sentido. Aliás, seu patrocinador, o Banco do Brasil, já propôs pagar muitos bilhões e reais para se livrar desse plano de saúde.