09 maio 2019

CONSELHO DO BANCO DO BRASIL APROVA NOVA PROPOSTA PARA A CASSI, DESPESA É DE ATÉ R$ 586 MILHÕES EM 2019.


Publicado em: 08/05/2019
O Banco do Brasil informa que seu conselho diretor aprovou nova proposta de reforma estatutária apresentada pelo Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). O novo estatuto, agora, depende de aprovação pelos associados. Caso aprovado, de acordo com comunicado do banco, a despesa adicional prevista é de até R$ 586 milhões em 2019.
A nova proposta visa alterar o modelo de custeio e melhorias na governança da Cassi, que é o plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. O BB reitera que o aumento estimado das despesas não altera as projeções (guidance) par ao ano nem impacta o passivo atuarial.
Mobilização dos bancários
O Sindicato dos Bancários de BH e Região, juntamente com a Contraf-CUT, defende que os associados à Cassi aprovem a nova proposta pela manutenção da Caixa de Assistência. A votação será realizada entre os dias 17 e 27 de maio e podem votar funcionários da ativa e aposentados. O associado poderá registrar o voto no site e no App da Cassi, nos terminais de autoatendimento do BB e, para funcionários da ativa, existe ainda a opção de votar pelo SisBB.
Nas negociações sobre a Cassi, o Banco do Brasil teve que abrir mão de sua intransigência e avançar nos seguintes pontos, em relação à proposta rejeitada em 2018:
– O banco manteve a relação contributiva 60% a 40%, por meio da contribuição de 3% sobre cada dependente dos ativos e do pagamento da taxa de administração até 2021;
– Aceitou a inclusão dos novos funcionários no Plano de Associados
– Abriu mão do voto de minerva na diretoria em questões cruciais, mantendo somente para algumas questões operacionais que não alteram direitos dos associados
– Acatou a cobrança por dependente vinculada ao percentual do salário e protegendo os associados de futuros aumentos superiores aos reajustes salariais
Após várias reuniões, as entidades representativas (exceto a CONTEC) aceitaram levar à consulta do Corpo Social desta proposta debatida e construída em conjunto, banco e entidades. Dada a situação financeira da Cassi, de déficit de R$ 351 milhões e patrimônio líquido negativo no Plano Associados causados principalmente pela chamada inflação médica, a alternativa seria uma intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com desfecho imprevisível. O Sindicato e a Contraf-CUT indicam sua aprovação.
Na proposta conquistada pelas entidades, o princípio fundamental do custeio da Cassi, a solidariedade, foi mantido. Quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos, de maneira que todos os associados e seus dependentes tenham o mesmo atendimento, independentemente de sua situação funcional.
“A exaustiva negociação entre o BB e as entidades representativas do funcionalismo, foi uma tentativa de proteger a Cassi e garantir a sua sustentabilidade num cenário político extremamente complicado e desfavorável à manutenção dos nossos direitos. Não estamos falando de salvar a Cassi somente do ponto de vista financeiro, mas salvá-la de ser liquidada ou ter a sua carteira alienada para um plano de mercado. Defender essa alteração estatutária nesse momento é mais do que um ato de sensatez, é um ato de responsabilidade para com a nossa Caixa de Assistência”, afirmou Luciana Bagno, que é diretora do Sindicato e representa a Fetrafi-MG/CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Nova proposta foi fruto de muita negociação
As negociações sobre o custeio da Cassi começaram em 2015. Desde o início, o BB tentava repassar o custo do plano de saúde para os associados. A Contraf-CUT e o Sindicato sempre defenderam uma solução perene da Cassi, mantendo a relação contributiva da 60% a 40% entre banco e associados.
Em 2016, a Contraf e as entidades representativas componentes da mesa de negociações (Anabb, Contec, AAFBB e FAABB) resistiram às investidas do banco, conseguiram manter os direitos dos associados e negociar o Memorando de Entendimentos válido até 2019, que foi aprovado pelos associados. O acordo previa aumento provisório das contribuições dos associados para 4% e uma série de ressarcimentos de despesas pelo BB, de forma a manter a relação contributiva de 60% a 40%.
A gestão da Cassi deveria implementar uma série de medidas de contenção de despesas, preservando os programas de saúde e melhorando o atendimento. Estas medidas não se mostraram eficazes, o déficit da Cassi se acumulou, reservas foram consumidas e foi preciso encontrar nova solução.
Em 2018, o banco rompeu unilateralmente a mesa de negociações, elaborou uma proposta de seu interesse com seus aliados na Cassi. A proposta alterava profundamente o modelo de governança, excluía os novos funcionários do Plano Associados e instituía a cobrança por dependente por faixas salariais, reajustada pela inflação médica. O Sindicato e a maioria das entidades representativas foram contra sua aprovação e 70% dos associados disseram não às mudanças.
Diante da negativa dos associados, o BB foi obrigado a reabrir as negociações, o que viria a acontecer somente em janeiro de 2019, após a posse do novo governo. A diretoria eleita da Cassi e as entidades representativas criaram um Grupo de Trabalho que elaborou uma proposta de consenso, sugerindo mudanças no custeio e na estrutura organizacional.
O banco não acatou a proposta do GT, começou as negociações de maneira intransigente e apresentou às entidades a mesma proposta que já havia sido rejeitada em votação, agravada com aumento de contribuição dos associados. As entidades rejeitaram de pronto, exigiram respeito, apresentaram várias sugestões e solicitaram uma série de cálculos atuariais aos técnicos da Cassi. Depois de dez rodadas de negociação, o banco apresentou a proposta final, que dever ser levada à apreciação do Corpo Social.
A Contraf e o Sindicato entendem que a proposta apresentada pelo BB não é a ideal, mas mantém os preceitos fundamentais. Mantém a relação contributiva de 60% a 40%, mantém a solidariedade mesmo cobrando por dependentes, incorpora os novos funcionários no Plano Associados, mantém os pontos fundamentais da governança da Cassi e o equilíbrio entre banco e associados. Traz ainda novos aportes do BB para recompor a situação financeira precária do plano de saúde.
A negociação se deu sob a vigência da Resolução CGPAR 23, que determina às empresas federais que instituam cobrança por dependente ou por faixa etária. A cobrança por faixa etária foi rechaçada pelas entidades, pois significaria grandes aumentos nas contribuições ao longo do tempo. Nas negociações, o banco avisou que só aceitaria fazer novos aportes à Cassi se fosse estabelecido uma das duas formas de cobrança.
A proposta é fruto de negociação em uma conjuntura política adversa, em que o governo empossado em janeiro anuncia a privatização de “tudo o que for possível” e não mede esforços para destruir a Previdência Social, cortar direitos trabalhistas, atacar sindicatos e organizações sociais e sucatear os serviços públicos.

10 comentários:

Rosalina de Souza disse...

No caso da Cassi, o balanço financeiro registrou rombo patrimonial nos últimos três anos.

Os prejuízos foram de R$ 159,4 milhões, R$ 206,2 milhões e R$ 377,7 milhões em 2016, 2017 e 2018.

Os problemas financeiros de operadoras que atendem a órgãos públicos e estatais não é recente.

A Geap e a Assefaz, por exemplo, já sofreram intervenção da ANS, após apresentarem rombos nas contas. Outro plano que esteve com instabilidade financeira foi o Postal Saúde, que atende os funcionários dos Correios.

Anônimo disse...

Desta feita, voto "sim".

Anônimo disse...

Voto Não!!!

João Bedran disse...

Que milagre, sindicatos e organizações sociais Voltando à base. O mesmo não acontece na PREVI por que???

WILSON LUIZ disse...


BOLETIM DE DESEMPENHO DE MARÇO

Déficit acumulado no ano, -R$ 5.727 bilhões, superávit total acumulado R$ 797 milhões, já faz falta os R$ 4.1 bilhões utilizados, desnecessariamente ainda, para atualização da tábua de mortalidade; já o incumprível atuarial de 5% a.a. acima do INPC “comeu”, em 3 meses, R$ 2.24 Bi (TIC-TAC).

Meta atuarial 2,93% no período
Rentabilidade dos ativos: rendas variáveis -3,63%(normal, rendas variáveis variam), renda fixa 3,28%, operações com participantes, inclusive o empréstimo simples 1,83%(abaixo da meta atuarial????). A carteira de renda fixa superou a meta, mas é ilusório, a PREVI ainda possui títulos antigos, com rentabilidade de taxa Selic mais 6% ao ano; as aplicações recentes sequer devem cumprir o atuarial.

WILSON LUIZ disse...

QUEREM TORTURAR O LULA!

Gleisi “Lula” Hoffmann foi visitar Lula, o primeiro e único, em sua cela na Polícia Federal. Quando ela saiu, apavorado, ele entrou embaixo da cama, se escondeu atrás do penico e só falava “trabalhar não, trabalhar não, prefiro cortar mais um dedo.” Os guardas lhe deram um copo de água com açúcar, ele se acalmou e explicou: “a louca disse que o STJ reduziu minha pena, e que em breve vou poder passar a noite na cadeia, e sair durante o dia para TRABALHAR! E a sádica ainda disse que também posso ESTUDAR! Prefiro prisão perpétua.”

MEMÓRIAS DO CÁRCERE

Relembrando profundos pensamentos filosóficos da divindade enjaulada: “eu(Lula) não sou mais um ser humano, sou uma ideia’’.
-Concordo, o senhor é uma ideia...ideia de jerico.

‘’...eu(Lula) não sou eu, eu sou a encarnação de um pedacinho de célula de cada um de vocês”.
-Vade-retro, coisa ruim, nenhum pedacinho de minhas células possui um átomo de sua personalidade corrupta.

ELES AINDA NOS CONSIDERAM DÉBEIS MENTAIS

Cesare Battisti confessou, na Itália, que era culpado dos quatro assassinatos pelos quais foi condenado à prisão perpétua. Tarso Genro, ex-ministro da justiça de Lula e que elaborou, em 2010, parecer favorável à concessão de asilo político ao tetra-homicida, declarou, sem ficar vermelho que “se ele tivesse confessado(KKK) isto naquela época, nós o teríamos extraditado”.

Sei que alguns remanescentes da raça petista em extinção, adoradores do ser supremo enjaulado vão chiar, mas após o que sofremos nos 13 anos de gestão petista e o preço que ainda hoje pagamos pelos descalabros cometidos, temos o direito de “zoar” um pouco deles.

Anônimo disse...

Voto não.

Anônimo disse...

Emérita Senhora ROSALINA:


PARABÉNS! FELIZ DIA DAS MÃES!


WILSON LUIZ disse...


ANTES TARDE DO QUE NUNCA...

O presidente Bolsonaro anunciou que, a partir de 2020, a tabela do imposto de renda será corrigida pela inflação. Só agora, e com estes índices de inflação manipulados? E os quase 100% de defasagem acumulada, o gato comeu?

Rosalina de Souza disse...

Estimado Colega Wilson Luiz,

Vamos aguardar, porque a defasagem do imposto de renda chega aos 94%, entre 1996 até 2018, é mais que justo fazer essa correção, porque ninguém mais aguenta pagar essa aberração, no brasil é o único lugar que se taxa salário, benefício, quando este é para a nossa sobrevivência.