17 maio 2019

RELACIONAMENTO DO BANCO DO BRASIL COM SEUS FUNCIONÁRIOS




RELACIONAMENTO DO BANCO DO BRASIL COM SEUS FUNCIONÁRIOS.

Não é sem motivos que, através de algumas mensagens, com exemplos vários, digo que, desde a época em que o BB era considerado mãe para seus funcionários, estes perderam todos os grandes embates. 

No momento, lembro-me, por exemplo, dos seguintes fatos:

01 Plebiscito de 1982 (votei NÃO), no qual alguns Sindicatos aliaram-se à cúpula do BB a favor da troca de Ações várias por um aumento de 3%;

02 Não cumprimento da cláusula de Dissídio Coletivo de 1987 (os célebres 40% de equiparação com o BACEN);

03 Em certo ano, criaram uma rubrica somando o AP com o ADI. Nos anos seguintes, o aumento desta rubrica foi sempre em percentual menor que o do aumento salarial. Em consequência, em janeiro de 1994 (mês/ano de minha aposentadoria), comparando dois funcionários com mesmo VP e quantidade de anuênios, ganhava mais um PE COM HABITUALIDADE (fazia 6 horas e ganhava duas extras com 50% sobre a hora normal) que um CHEFE DE DIVISÃO (AP 04) para baixo;

04 De 1967 a 1982, quando fiz estudo publicado pelo SEEB-RJ, os comissionados perderam 47,52 salários devido ao fato de o ADI ser pago na base de 28% e não de 49,50% do VP (comissionado fazia 8 horas e não 6, logo 0,33 x 1,50 = 49,50... 49,50% - 28% = 21,50%................ 0,2150 x 13 x 17 anos = 47,52 salários);

05 Quando ingressei no BB (agosto de 1964) e durante muitos anos, o funcionário era ressarcido de suas despesas com medicamentos (apresentava a receita e a nota fiscal de compra);

06 Durante muitos anos, era prevista visita domiciliar de médico credenciado (recebia o equivalente a duas consultas);

07 Julgo que, em termos de assistência médica, o calcanhar de Aquiles contra nossos interesses foi a substituição do DEASP (Departamento do BB) pela CASSI (entidade com CNPJ próprio);

08 Acordo BB-PREVI de 1997 com a imediata criação de um novo PCS que aviltou os VPs (lembro-me de que o último VP passou de cerca de R$ 2.900,00 para cerca de R$ 900,00 -- os funcionários da ativa passaram a receber a diferença como VENCIMENTO EM CARÁTER PARTICULAR);

09 No passado já distante, havia o limite de 1,36 do somatório VP + Anuênios para a aposentaria. Logo, um funcionário aposentado como Presidente do BB recebia uma aposentadoria quase semelhante, por exemplo, a um Supervisor da DG. Após o novo PCS do final de 1997, houve queda no valor do benefício médio concedido pela PREVI e absurdas aposentadorias concedidas à cúpula (BENDINE, em janeiro de 2015, aposentou-se com aposentadoria de cerca de R$ 52.000,00).

Há muito, vejo a privatização do BB no horizonte. 
Atualmente, vemos os Presidentes do BB, CEF e PETROBRÁS favoráveis à privatização das empresas que dirigem (é óbvio que foram colocados com este objetivo).
Pior é que constato colegas nossos, atuantes em Grupos, favoráveis à privatização.

Saudações Fraternas

JOÃO CARLOS LAGO NETO
Rio de Janeiro - RJ
16/05/2019

CAROS COLEGAS DO BLOG:

Agora os Funcionários da Ativa e os Aposentados, PENSIONISTAS NÃO TEM DIREITO A VOTO, são vocês que decide pelo SIM ou pelo Não, tenho certeza absoluta que mesmo que o Sim ganhar esta votação, não demora muito para nós, se vivos, voltar a discutir novos reajustes neste pleno de saúde, que não se sustenta mesmo após as alterações aqui propostas sem uma mudança completa na sua forma de atuação, tive muita dificuldade para aprovar uma autorização, HISTEROSCOPIA DIAGNOSTICA COM BIOPSIA, e olha que o meu histórico de gastos com plano de saúde comparado a outros usuários é superavitário, nunca gastei mais do que paguei até os dias de hoje e durante o tempo que recebo a minha pensão, de modo que a situação chegou no limite da irresponsabilidade, de ambas as partes, até nossa também que sempre optamos por escolher os representantes e ponto final, com saúde não se brinca, mas definitivamente as propostas não atende a solução do nosso problema, de modo que cada um vote com sua consciência, e convicção, mas não deixe de exercer o seu direito de dar a opinião neste momento de grande dificuldades e de grandes desafios para o futuro, pois esta em suas mãos a solução ou o prolongamento do problema por mais um tempo, com a sensação de que por hora esta resolvido o problema.

Os velhos invejam a saúde e vigor dos moços, estes não invejam o juízo e a prudência dos velhos: uns conhecem o que perderam, os outros desconhecem o que lhes falta.
Marquês de Maricá

09 maio 2019

CONSELHO DO BANCO DO BRASIL APROVA NOVA PROPOSTA PARA A CASSI, DESPESA É DE ATÉ R$ 586 MILHÕES EM 2019.


Publicado em: 08/05/2019
O Banco do Brasil informa que seu conselho diretor aprovou nova proposta de reforma estatutária apresentada pelo Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). O novo estatuto, agora, depende de aprovação pelos associados. Caso aprovado, de acordo com comunicado do banco, a despesa adicional prevista é de até R$ 586 milhões em 2019.
A nova proposta visa alterar o modelo de custeio e melhorias na governança da Cassi, que é o plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. O BB reitera que o aumento estimado das despesas não altera as projeções (guidance) par ao ano nem impacta o passivo atuarial.
Mobilização dos bancários
O Sindicato dos Bancários de BH e Região, juntamente com a Contraf-CUT, defende que os associados à Cassi aprovem a nova proposta pela manutenção da Caixa de Assistência. A votação será realizada entre os dias 17 e 27 de maio e podem votar funcionários da ativa e aposentados. O associado poderá registrar o voto no site e no App da Cassi, nos terminais de autoatendimento do BB e, para funcionários da ativa, existe ainda a opção de votar pelo SisBB.
Nas negociações sobre a Cassi, o Banco do Brasil teve que abrir mão de sua intransigência e avançar nos seguintes pontos, em relação à proposta rejeitada em 2018:
– O banco manteve a relação contributiva 60% a 40%, por meio da contribuição de 3% sobre cada dependente dos ativos e do pagamento da taxa de administração até 2021;
– Aceitou a inclusão dos novos funcionários no Plano de Associados
– Abriu mão do voto de minerva na diretoria em questões cruciais, mantendo somente para algumas questões operacionais que não alteram direitos dos associados
– Acatou a cobrança por dependente vinculada ao percentual do salário e protegendo os associados de futuros aumentos superiores aos reajustes salariais
Após várias reuniões, as entidades representativas (exceto a CONTEC) aceitaram levar à consulta do Corpo Social desta proposta debatida e construída em conjunto, banco e entidades. Dada a situação financeira da Cassi, de déficit de R$ 351 milhões e patrimônio líquido negativo no Plano Associados causados principalmente pela chamada inflação médica, a alternativa seria uma intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com desfecho imprevisível. O Sindicato e a Contraf-CUT indicam sua aprovação.
Na proposta conquistada pelas entidades, o princípio fundamental do custeio da Cassi, a solidariedade, foi mantido. Quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos, de maneira que todos os associados e seus dependentes tenham o mesmo atendimento, independentemente de sua situação funcional.
“A exaustiva negociação entre o BB e as entidades representativas do funcionalismo, foi uma tentativa de proteger a Cassi e garantir a sua sustentabilidade num cenário político extremamente complicado e desfavorável à manutenção dos nossos direitos. Não estamos falando de salvar a Cassi somente do ponto de vista financeiro, mas salvá-la de ser liquidada ou ter a sua carteira alienada para um plano de mercado. Defender essa alteração estatutária nesse momento é mais do que um ato de sensatez, é um ato de responsabilidade para com a nossa Caixa de Assistência”, afirmou Luciana Bagno, que é diretora do Sindicato e representa a Fetrafi-MG/CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Nova proposta foi fruto de muita negociação
As negociações sobre o custeio da Cassi começaram em 2015. Desde o início, o BB tentava repassar o custo do plano de saúde para os associados. A Contraf-CUT e o Sindicato sempre defenderam uma solução perene da Cassi, mantendo a relação contributiva da 60% a 40% entre banco e associados.
Em 2016, a Contraf e as entidades representativas componentes da mesa de negociações (Anabb, Contec, AAFBB e FAABB) resistiram às investidas do banco, conseguiram manter os direitos dos associados e negociar o Memorando de Entendimentos válido até 2019, que foi aprovado pelos associados. O acordo previa aumento provisório das contribuições dos associados para 4% e uma série de ressarcimentos de despesas pelo BB, de forma a manter a relação contributiva de 60% a 40%.
A gestão da Cassi deveria implementar uma série de medidas de contenção de despesas, preservando os programas de saúde e melhorando o atendimento. Estas medidas não se mostraram eficazes, o déficit da Cassi se acumulou, reservas foram consumidas e foi preciso encontrar nova solução.
Em 2018, o banco rompeu unilateralmente a mesa de negociações, elaborou uma proposta de seu interesse com seus aliados na Cassi. A proposta alterava profundamente o modelo de governança, excluía os novos funcionários do Plano Associados e instituía a cobrança por dependente por faixas salariais, reajustada pela inflação médica. O Sindicato e a maioria das entidades representativas foram contra sua aprovação e 70% dos associados disseram não às mudanças.
Diante da negativa dos associados, o BB foi obrigado a reabrir as negociações, o que viria a acontecer somente em janeiro de 2019, após a posse do novo governo. A diretoria eleita da Cassi e as entidades representativas criaram um Grupo de Trabalho que elaborou uma proposta de consenso, sugerindo mudanças no custeio e na estrutura organizacional.
O banco não acatou a proposta do GT, começou as negociações de maneira intransigente e apresentou às entidades a mesma proposta que já havia sido rejeitada em votação, agravada com aumento de contribuição dos associados. As entidades rejeitaram de pronto, exigiram respeito, apresentaram várias sugestões e solicitaram uma série de cálculos atuariais aos técnicos da Cassi. Depois de dez rodadas de negociação, o banco apresentou a proposta final, que dever ser levada à apreciação do Corpo Social.
A Contraf e o Sindicato entendem que a proposta apresentada pelo BB não é a ideal, mas mantém os preceitos fundamentais. Mantém a relação contributiva de 60% a 40%, mantém a solidariedade mesmo cobrando por dependentes, incorpora os novos funcionários no Plano Associados, mantém os pontos fundamentais da governança da Cassi e o equilíbrio entre banco e associados. Traz ainda novos aportes do BB para recompor a situação financeira precária do plano de saúde.
A negociação se deu sob a vigência da Resolução CGPAR 23, que determina às empresas federais que instituam cobrança por dependente ou por faixa etária. A cobrança por faixa etária foi rechaçada pelas entidades, pois significaria grandes aumentos nas contribuições ao longo do tempo. Nas negociações, o banco avisou que só aceitaria fazer novos aportes à Cassi se fosse estabelecido uma das duas formas de cobrança.
A proposta é fruto de negociação em uma conjuntura política adversa, em que o governo empossado em janeiro anuncia a privatização de “tudo o que for possível” e não mede esforços para destruir a Previdência Social, cortar direitos trabalhistas, atacar sindicatos e organizações sociais e sucatear os serviços públicos.

06 maio 2019

Contraf-CUT participa de encontro com presidente da ANS


As Entidades Representativas dos Funcionários da Ativa e Aposentados do Banco do Brasil que compõem a Mesa de Negociação da Cassi se reuniram nesta terça-feira (30/04), no Rio de Janeiro (RJ), com o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca da Silva. A reunião deu prosseguimento ao encontro da semana anterior com diretores da ANS e novamente tratou sobre a possibilidade de instauração do Regime de Direção Fiscal na Caixa de Assistência.
No encontro, as entidades voltaram a demonstrar os esforços que estão sendo realizados para garantir a sustentabilidade da Cassi, entre os quais a construção conjunta com o BB de uma proposta de alteração estatutária que deve ser submetida a consulta ao corpo social ainda na segunda quinzena de maio. Participaram da reunião: Reinaldo Fujimoto, presidente da ANABB; Wagner Nascimento, representando a Contraf; Loreni de Senger, pela AAFBB; e Ari Sarmento, representando a FAABB. Pela ANS, além do diretor-presidente, também participou Lenise Barcellos Secchin, chefe do Gabinete da Presidência.
A efetiva instauração do Regime Especial de Direção Fiscal depende de decisão colegiada da ANS. Conforme Leandro da Silva, o órgão decidirá sobre o assunto com base em uma análise estritamente técnica. Ele lembrou que o regime especial está bem regulamentado na legislação e que, além de operadoras de planos de saúde, pode também ser aplicado a seguradoras, fundos de pensão, sociedades de capitalização e entidades de previdência complementar.
O presidente em exercício da ANS enfatizou aos presentes que o Diretor Fiscal não tem por prerrogativa afastar a diretoria da entidade fiscalizada ou assumir as suas funções, e sim acompanhar “in loco” se as normas estão sendo seguidas, avaliando itens como demonstrações contábeis e adequação das garantias financeiras, de forma a ter uma visão geral da situação da operadora. Portanto, cabe ao agente fiscalizador nomeado analisar a eficácia das medidas de saneamento tomadas para resolver o déficit financeiro acumulado. O pedido de afastamento da diretoria só é feito pelo Diretor Fiscal quando a operadora não cumprir as diretrizes do órgão regulador.

Fatos relevantes e riscos corporativos

No caso da Cassi, Leandro da Silva destacou que uma medida essencial já está sendo feita, que é a busca por fatos relevantes que possam contornar a difícil situação econômico-financeira – caso da proposta de estatuto construída conjuntamente. Ele ressaltou que o que “a Caixa de Assistência precisa é de recursos” e que as soluções dependem disso. “Mas não basta colocar dinheiro se não houver uma análise adequada dos riscos”, frisou o presidente da ANS, referindo-se a uma gestão profissional dos riscos corporativos.
Entre as medidas exigidas, está a garantia de um capital de margem de solvência, ou seja, de um patrimônio reservado para o caso de falência – atualmente, a ANS exige 20% do faturamento ou 33% das despesas com hospitais, médicos e laboratórios, o que for maior. A ANS está estudando uma redefinição da margem de solvência, baseada na situação de cada operadora (e não em uma regra fixa), a partir de cinco critérios de riscos: de crédito, legal (acúmulo de ações judiciais de usuários, por exemplo), de mercado, operacional e de preço. Operadoras com déficit financeiro terão mais recursos provisionados com a rubrica de capital de margem de solvência.
“Na reunião, as entidades representativas tiveram nova oportunidade para mostrar a sua atuação em prol da Cassi ao longo dos últimos anos e os cálculos atuariais que indicam que a proposta estatutária apresentada é capaz de restabelecer o equilíbrio na gestão financeira da Caixa de Assistência. Considero que este novo encontro foi bastante positivo, porque avançamos em algumas conversas e no entendimento que todos estamos trabalhando pela sustentabilidade da Cassi”, ponderou Reinaldo Fujimoto.
Wagner Nascimento avalia que a reunião com o Presidente da ANS foi bastante esclarecedora quanto aos trabalhos de uma Direção Fiscal e que medidas de saneamento efetivas são de fato novos recursos para cobrir o déficit e o patrimônio líquido a descoberto. “A situação da CASSI é grave e por isso a importância em aprovarmos uma proposta que foi debatida em mesa de negociação. Deixar que uma direção fiscal aprove outras medidas que não sejam as negociadas, pode ficar muito mais caro para os associados da ativa e aposentados”, avaliou. 

Fonte: ANABB