21 junho 2018

PLP 268 -Previ e Funcef estão sob ameaça

Deputado apresenta parecer favorável ao projeto de lei que enfraquece a gestão dos trabalhadores sobre os fundos de pensão e abre as portas dessas entidades para o controle de agentes do mercado, o que pode resultar em prejuízos bilionários, a exemplo do Postalis; matéria pode ser votada em breve





Os ataques contra os empregados de empresas públicas não param. O projeto de lei 268 (PLP 268/16), que pode inviabilizar a participação dos trabalhadores na gestão dos fundos de pensão, como a Funcef (Caixa) e a Previ (Banco do Brasil), recebeu parecer favorável do deputado Jorginho Mello (PR-SC), relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
A tramitação do texto encontra-se em regime de urgência – aguardando inclusão na Ordem do Dia do plenário para votação – sob a relatoria extraoficial do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
Por estar em regime de urgência, o projeto pode ser votado a qualquer momento no plenário da Câmara dos Deputados. Movimento sindical conclama os participantes dos fundos de pensão a enviarem mensagens aos deputados e senadores cobrando a não aprovação do PLP 268/16.

PLP 268 acaba com eleição para diretoria

Atualmente, a gestão dos fundos de pensão é compartilhada de forma paritária entre a patrocinadora (empresa) e os trabalhadores. O PLP 268/16 divide o conselho deliberativo em três: uma parte para agentes de mercado, outra para a empresa patrocinadora e a terceira para os trabalhadores.
Além disso, o PLP 268 determina que a diretoria será formada por agentes selecionados no mercado, e não mais composta de forma partiária entre indicados pela empresa e eleitos pelos assocciados dos fundos de pensão, como ocorre atualmente. 
“Esses agentes contratados no mercado vão acabar decidindo sempre em favor da patrocinadora. Com a metade do poder atualmente, os trabalhadores vão passar a ficar com um terço do conselho deliberativo e não poderão mais eleger seus representantes na diretoria”, alerta Valter San Martin Ribeiro, conselheiro da Anapar (Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão) e dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo pelos empregados da Caixa. 
“Para os associados, será um prejuízo imenso. No caso da Previ, por exemplo, nós elegemos metade da diretoria e metade do conselho, então, na prática, esse projeto transfere o controle para a patrocinadora”, avalia José Ricardo Sasseron, titular representante dos participantes no Conselho Nacional de Previdência Complementar.

Postalis amarga prejuízo bilionário sob gestão de mercado

Um exemplo que comprova o potencial danoso que a gestão de mercado pode causar nos fundos de pensão é o caso do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, cuja gestão dos ativos foi entregue ao banco estadunidense BNY Mellon.

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo abriu em janeiro deste ano processo civil contra unidade brasileira do banco norte-americano para ressarcimento de R$ 8,2 bilhões em prejuízos causados ao Postalis, e seus beneficiários.
Como única administradora financeira dos recursos da entidade, o BNY Mellon “praticou atos irregulares que dilapidaram o patrimônio do Postalis e obrigaram os participantes a arcar com uma contribuição extraordinária de 25,98% (além da ordinária de 9%) por 180 meses”, de acordo com o MPF.

A mais grave ameaça

“O PLP 268 é a mais grave ameaça que nós temos à governança dos trabalhadores aos fundos de pensão”, reforça Marcio de Souza, eleito pelos trabalhadores para o cargo de diretor de Administração da Previ.
“Os próprios funcionários têm de se mobilizar contra esse tipo de ataque e cobrar dos parlamentares que votem contra esse projeto que acaba com a eleição direta de diretores pelos associados e coloca no comando dos fundos de pensão agentes de mercado que têm interesses de curto prazo e conflitantes com os interesses dos associados, que são de longo prazo”, complementa.

“Ninguém é capaz de fazer uma gestão melhor dos fundos de pensão do que os próprios trabalhadores e dirigentes, já que nós somos associados dos planos e interessados diretos na administração dos nossos próprios recursos”, afirma Valter San Martin Ribeiro.
FONTE: http://spbancarios.com.br/06/2018/previ-e-funcef-estao-sob-ameaca
NOTA DO BLOG:
Esses sindicalistas, dirigentes de associações das mais diversas do nosso meio, sempre ataca o PLP268, sem apresentar resultados concretos, nossa participação hoje dentro do fundo de pensão é apenas para satisfazer o regulamento eleitoral, na hora de agir em nosso favor, as desculpas são sempre as mesmas, o voto de minerva, foi poucas vezes usado, pois as votações são sempre em favor das determinações do patrocinador BANCO DO BRASIL S/A.
Onde existe muita mobilização contra a mudança do PLP268, certamente vai nos beneficiar em ações que vai trazer ganhos ao corpo social, vista que pior que esta dificilmente vai ficar, quantos bilhões nós perdemos até os dias de hoje, cada crise nós não dormimos mais, pois todo o lucro é superficial, ganhamos muitas vezes mas nunca levamos, até nosso BET foi cortado na gestão dos DIRETORES ELEITOS, e ai sempre vem com a mesma conversa fiada que os contratados pelo mercado são piores que os pratas da casa.
Nesta eleição ficou provado que não existe marco regulatório, o que a PREVIC fala não se escreve.
Que cada Aposentado, Pensionista, tira a sua própria conclusão, afinal o máximo que podemos fazer é viver das migalhas que nos sobra da mesa dos poderosos de plantão e quando eles resolve deixar cair alguma migalha.

13 junho 2018

Banco rejeita proposta das Entidades que busca salvar a Cassi



As Entidades que integram a Mesa de Negociação sobre a Cassi (ANABB, AAFBB, CONTEC, e FAABB) apresentaram ao Banco do Brasil, no dia 5 de junho, uma proposta transparente e consistente em razão das dificuldades enfrentadas pela Caixa de Assistência. No entanto, o Banco, ao contrário do que se esperava, informou, por meio de nota, nesta sexta-feira, 8 de junho, que não vai aceitar a proposta das entidades e que vai manter a proposta que ele mesmo apresentou para a governança da Cassi. 
Sobre o adiantamento estimado em R$ 1,2 bilhão, para ser quitado em 10 anos, solicitado como ações de curtíssimo prazo pelas entidades, o Banco do Brasil respondeu que não realizará nova antecipação de recurso, uma vez que já antecipou as contribuições patronais sobre o 13º salário dos próximos quatro anos, no valor de R$ 323 milhões.
A ANABB lembra que esse valor citado pelo Banco se refere as contribuições extraordinárias que foram feitas pelo patrocinador com base no que estava previsto no Memorando de Entendimentos de 2016, mas que, segundo o próprio Relatório Anual 2017 da Cassi, não foram suficientes para sanar os déficits da Caixa de Assistência.  
O Banco também ressaltou, por meio da nota, que as proposições apresentadas pelas entidades não se enquadram no diagnóstico feito pela empresa de consultoria Accenture. E completou: “o modelo de proposta desenvolvido pelo Banco contempla um robusto conjunto de mudanças que se fundamenta nos estudos realizados em três pilares: custeio, arquitetura organizacional, eficiência, gestão e governança”.
Para a ANABB, a atitude do Banco vai contra ao posicionamento insistentemente disseminado pela instituição sobre a importância da participação das entidades nas discussões sobre Cassi. Em todas as recentes reuniões, os representantes do BB conclamaram as entidades, que são as verdadeiras representantes dos funcionários da ativa e aposentados, a encaminharem suas sugestões. O objetivo sempre foi construir uma proposta em conjunto. Mas, na prática, isso não aconteceu.
A ANABB manterá os associados informamos sobre os próximos passos que serão tomados.
Fonte: Agência ANABB

06 junho 2018

Contraf-CUT e entidades cobram do BB retorno da mesa de negociação da CASSI

Banco saiu da mesa de negociação enviando proposta diretamente à Cassi.