10 maio 2017

Aposentadoria é o nosso futuro, não pode estar nas mãos de banqueiros

Na mesma linha de desmonte da previdência pública, no que diz respeito à previdência complementar, principalmente às entidades fechadas, os chamados fundos de pensão, o objetivo é também de repasse dos recursos deste sistema para os bancos e seguradoras.

Para justificar a medida e cooptar a opinião pública a seu favor, primeiramente, setores do governo iniciaram uma campanha de mídia sem precedentes de desmonte do setor, por meio da desqualificação e desmoralização dos gestores dessas entidades. 



Em meio às confusões de conceitos, denúncias vazias, acusações sem comprovação, surge, “coincidentemente”, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 268/2016 que, em última instância, contribui para colocar à disposição dos Bancos e Seguradoras os recursos dos participantes dos fundos de pensão, que hoje ultrapassa a cifra dos R$ 750 bilhões de reais. 
Este projeto reduz drasticamente a representação dos trabalhadores na gestão dos fundos de pensão, eliminando a eleição de diretores das entidades que são patrocinadas por empresas e órgãos públicos e também reduzindo para um terço a sua representação nos Conselhos Deliberativo e Fiscal.
O direito de eleger os representantes para fiscalizar e participar da gestão do patrimônio é muito recente e faz parte de uma luta de longos anos. 

Iniciou com a edição das Leis Complementares 108 e 109, ambas de 2001, com resultados positivos para a transparência dos fundos de pensão. 

Não se pode permitir a transferência das vagas dos trabalhadores para os chamados profissionais de mercado, cujos interesses são antagônicos aos dos verdadeiros proprietários dos recursos. 

Trata-se de um inaceitável retrocesso para o sistema de previdência complementar. 

É fundamental a preservação da paridade nos Conselhos Deliberativo e Fiscal e avançar para que o mesmo ocorra também na Diretoria Executiva, sem o famigerado voto de qualidade.

Por caminhos diferentes, porém, buscando o mesmo objetivo está a Resolução que trata da transferência de gerenciamento de planos de benefícios entre entidades de previdência complementar fechadas. 

E neste caso, o que se  presencia é a indisfarçável intenção de repassar a gestão dos recursos dos trabalhadores para o sistema financeiro, que conta em sua estrutura com entidades de previdência fechadas, ditas sem fins lucrativos.

Vê-se que, por meio de um projeto de lei, ou de uma resolução, aparentemente simples, tenta-se desmontar um sistema consolidado, robusto, que tem se mostrado viável, com uma justificativa pouco convincente da busca de um suposto profissionalismo do mercado.

Esses e outros pontos de ataques merecem análise e comentários mais aprofundados. 

O conjunto de propostas, tanto para o sistema geral, como para o complementar, afasta a previdência dos seus objetivos de promover o bem-estar, reduzir as desigualdades e proteger o trabalhador. 

Não se trata de garantir-lhe, de forma segura, recursos suficientes para a sua sobrevivência e da sua família nos momentos de incapacidade laboral, mas tão somente de reduzir custos para os empresários e para o Estado.

Essas constatações indicam que as muitas propostas apresentadas como solução para situações conjunturais precisam ser discutidas mais abertamente no âmbito da sociedade. 

O inútil esforço financeiro que o governo vem fazendo por meio de propagandas e inserções sistemáticas nos meios de comunicação é a maior prova de que a repercussão negativa não decorre de desconhecimento, mas da discordância da sociedade com o tratamento que vem sendo dado à questão.

Fonte: Jornal da ANAPAR Ano XV Abril de 2017 - www.anapar.com.br

NOTA DO BLOG:

Estamos vivendo o últimos 12 meses, dos eleitos pela chapa 3 Previ Livre Forte e de Todos, que fizeram sua campanha como pessoas que faria a diferença para os aposentados e pensionistas do PB-1 da Previ e sinceramente nada mudou.

Criticam o PLP-268, que o presidente Temer esqueceu, junto com os parlamentares de igual quilate dos nossos eleitos, pessoas que promete mundos e fundos e não cumpre nada.

Nossos atuais representantes são inoperantes, incapazes de abraçar uma causa que venha ajudar nossa situação de aposentado ou de pensionista, nem mesmo nos produtos oferecidos pela Previ pode se fazer algo como aumento de prazo de pagamento, solução do valor acima dos 30% consumidos pelos produtos da própria Previ como Carim e ES.

E querem si fazer entender que são os melhores gestores que o mercado pode oferecer, quando nossas aplicações rende menos do que nas mãos de gestores do mercado, mesmo assim são sempre os mesmos a defender o modelo adotado por nosso fundo de pensão e apoiado pela grande maioria das associações, que também vive de mensalidades e de departamentos jurídicos inoperantes, para amarrar seu público alvo, sempre nós os aposentados e pensionistas, que sempre reclamamos mas nunca reagimos aos desmandos praticados por essa gente que ficou de cabelo branco, dizendo nos defender e fazendo acordos que nem sempre são cumpridos.

Como o colega pode ver a maioria de nós vive sem ESPERANÇA, pessimista sobre o nosso futuro, pois todos estão apenas vivendo sobre o seu ponto de vista, sem ao menos propor novos caminhos a pessoas que perderam a capacidade de indignação.



10 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente será o fim dos nossos dias, onde chegamos com os nossos presidentes do BB e Previ não acredito, tudo na mão do TEMER o golpista o que faremos?

Anônimo disse...

Hoje, a Previ é uma subsidiária do BB que, à mando do governo, é usada para resolver assuntos que, necessariamente, não são de nosso interesse. Prova disso são os investimentos que interessam ao governo que usa o dinheiro dos fundos de pensão para beneficiar outros interesses que não necessariamente os nossos. Os interesses de banqueiros e especuladores financeiros (vide escândalos recentes mostrados pela mídia não comprada) se sobrepõem aos dos verdadeiros donos da Previ (nós). Como estamos (PB1) num plano finito, não temos mais voz e nem vez (haja vista os blogs que diziam ser amigos dos aposentados e pensionistas, que sumiram ou hibernaram).

Anônimo disse...

Não sei se alguém reparou, mas haverá somente 30 minutos (meia hora) para "debate" nas apresentações circenses (onde os palhaços somos nós) de apresentação do resultado ref. 2016 (vide site daquela organização que gosta de mandar notificações extrajudiciais quando questionada). Para quê/quem servem estas apresentações?

Anônimo disse...

Quando se acessava o site do BB, ao lado apareciam informações. Uma delas citava a PREVI como sua subsidiária. Após comentários nas redes, mudou-se a informação. Agora aparece a BV Financeira como sua subsidiaria.
Como são direcionados os NOSSOS recursos em investimentos ? A Previ sempre informa que são feitos após analises, consultorias, oportunidades de mercado, no interesse de gerar recursos para pagamentos de nossas aposentadorias etc.etc.etc.
Mas, temos direito a dúvida. Será que não há influencia/interferência de terceiros? Alguns desses investimentos, por suas características, precisam de uma maior analise, dentre eles a INVEPAR/ GRU AIRPORT e o complexo (bem complexo) COSTA DO SAUIPE.

Anônimo disse...

PLP 268.
Por motivos óbvios, se eles são contrários ao projeto e suas mudanças, devemos no interesse de mudanças, ser favoráveis.

joao trindade disse...

Colega das 11:28,

Ganham regiamente para isso e nós pagamos essas mordomias todas.
Nunca saberemos exatamente onde estamos, por conta dessas tais apresentações.

Anônimo disse...

Ação IR 1/3 Previ da Anabb
Em 23.03.2017 estava para "Conclusão e Voto" . Mas entraram inúmeras petições atrapalhando o andamento. Agora, em 11.05.2017, novamente está para "Conclusão e voto" mas as petições apareceram rapidinho para não deixar.

Anônimo disse...

Corrigindo: as ações aparecerão

Anônimo disse...

O desfecho da Ação IR 1/3 Previ da Anabb será acompanhado pelos nossos tetranetos e olhe lá.

Anônimo disse...

Colegas e associados da Anabb,

Há muuuuuitoooooos anos leio sobre as ações propostas pela entidade Anabb, no caso do 1/3 IR já fiquei de cabelos brancos, perdi parte da dentadura, ganhei uma rinite crônica, mensalmente pago um horror na compra de remédios, e assim poderia continuar escrevendo a tarde toda.

Mas o que mais dói, é ter tido amigos/colegas que deixaram esta terrena vida, sem ver a cor do dinheiro (IR 1/3) que poderia ter lhes dado um pouco de conforto.

Assim suspeito que a referida entidade não colabora em nada com os seus associados régios pagantes mensaleiros. Ao que parece mostra a incompetência ou quem sabe algo mais escabroso, suspeito disso também.

Se há algum advogado colega que possa nos esclarecer sobre essa demora, por favor escreva aqui, pois a entidade quando consultada utiliza evasivas tão somente.

Desiludido com a tal defensora do BB...