09 abril 2017

Mudar tudo de novo

NA MANHÃ DE 23 DE FEVEREIRO, UMA QUINTA-FEIRA em que o Brasil inteiro já contava as horas para o início do Carnaval, um grupo de executivos chegou à sede da gigante de alimentos BRF, na zona oeste de São Paulo, para uma reunião que, de festiva, não teria nada. Subiram ao 5a andar, para a sala 5F. Na mesa, a cabeceira estava reservada para Abilio Diniz, desde 2013 presidente do conselho de administração da empresa. Quem foi convocado para aquela reunião tinha razões para temer pelo próprio emprego. Pouquíssimas pessoas sabiam, mas a BRF anunciaria ao mercado, no fim daquela quinta-feira, o pior resultado de sua história. A reunião começou às 9 da manhã e acabou quase 10 horas depois. Consultores e executivos apresentaram a Abilio e a Pedro Faria, presidente da companhia, seus planos para tentar reverter a situação. As 20h42, o prejuízo foi anunciado. Pela primeira vez, a empresa, dona das consagradas marcas Sadia e Perdigão, perdera dinheiro num ano - 400 milhões de reais. Nem o mais rabugento investidor estava esperando um resultado tão ruim.

A cúpula da BRF pretendia aproveitar os dias seguintes para virar a página. Dois vice-presidentes foram demitidos, um comitê de emergência foi criado, a estratégia estava sendo revista. Mas a fase está mesmo braba. Primeiro, a empresa teve de lidar com uma ameaça de greve geral dos funcionários, já que não houve distribuição de lucros - até porque lucro não houve. Pedro Faria enviou a mais de 100 000 funcionários um vídeo em que tentava acalmar os ânimos. A exposição causada pelo video, gravado de forma caseira no celular e distribuído por WhatsApp para meio mundo, foi tamanha que Faria se equilibrou naquela linha tênue que separa a coragem e o haraquiri. As ameaças de greve continuaram. Finalmente, no dia 17 de março, a empresa foi uma das citadas numa operação policial que apurava, entre outros crimes, a suspeita de comercialização de produtos estragados e de suborno de fiscais (veja boxnapág. 88). Um gerente e um diretor da empresa, Roney dos Santos e André Baldis-sera, foram presos pela Polícia Federal, e houve buscas na casa do vice-presidente de integridade corporativa, José Roberto Rodrigues. Nos dias seguintes, a BRF defendeu-se das acusações. Até o fechamento desta edição crescia a percepção de que a Polícia Federal havia escorregado feio, sobretudo na definição do que era ou não prática regular na indústria de alimentos. Mas o estrago estava feito. União Européia e China suspenderam a importação de carne brasileira, e as ações da BRF caíram cerca de 10% em dois dias.

Em meio a uma recessão como a brasileira, em que empresas quebram às centenas, perder dinheiro é coisa da vida. Mas, no caso da BRF, o que torna tão constrangedora a combinação do prejuízo inédito com a operação policial é o contraste em relação à expectativa que os atuais chefes criaram ao assumir o comando há quatro anos. Em fins de 2012, um grupo de acionistas liderado pela gestora Tarpon juntou-se a Abilio Diniz para dar as cartas na BRF. Trocaram tudo, começando pela cúpula da companhia. Nildemar Secches, executivo que liderou a lendária virada nos resultados da Perdigão nos anos 90, deixou a presidência do conselho, dando lugar a Abilio. As mudanças na diretoria vieram em seguida. A Tarpon e seu grupo criticavam o que consideravam a lentidão da administração da BRF

- um gigante tímido que poderia ser transformado num líder global, menos dependente do vaivém das commodities, mais moderna, mais antenada com os desejos de um consumidor em transformação, mais rentável. Investidores compraram a ideia de que as ações, na época ao redor dos 40 reais, valeriam pelo menos 100 reais em quatro anos.

O PowerPoint, como se sabe, aceita tudo. Poucas vezes se viu, na história brasileira, uma reestruturação tão ambiciosa quanto a imposta pelos acionistas que assumiram a BRF em 2013 - verdadeiro transplante cultural numa das maiores empresas do país. O que tornava o projeto ainda mais audacioso era o fato de que, a rigor, estava tudo bem com a BRF. Não se tratava de uma empresa em crise, endividada, na rua da amargura, em busca de um salvador. Tarpon e Abilio pretendiam, isso, sim. transformar o bom em ótimo. O PowerPoint podia fazer sentido. Mas, na hora de trazê-lo para a áspera realidade, a coisa desandou até chegar à total confusão em que a empresa está metida. Hoje, depois do prejuízo histórico e da Operação Carne Fraca, as ações da BRF valem cerca de 35 reais. Quase 20% menos, portanto, do que valiam quatro anos atrás. Nas últimas semanas, EXAME ouviu 32 pessoas, entre atuais e ex-executivos da BRF, concorrentes e analistas, para traçar a história da crise da BRF - e o que a empresa pretende fazer para sair dela antes que se agrave ainda mais.

MARCHA LENTA

A BRF é resultado da fusão de duas rivais históricas: as catarinenses Sadia, criada em 1944, e Perdigão, fundada em 1934. Na crise de 2008, a líder Sadia afundou em prejuízo por ter feito apostas no mercado financeiro e foi comprada no ano seguinte pela concorrente, formando uma companhia de 22 bilhões de reais de faturamento. Após um tortuoso processo de aprovação no Cade, órgão federal de defesa da concorrência, um grupo de acionistas começou a achar que a integração da Sadia com a Perdigão acontecia em marcha lenta, enquanto a margem de lucro encolhia. A gestora de fundos Tarpon, acionista da Sadia desde 2002, tornou-se a maior sócia privada da BRF e começou a expor sua insatisfação com a velocidade do gigante re-cém-formado. Dois sócios da Tar-pon, Pedro Faria e Zeca Magalhães, eram conselheiros da empresa, mas precisavam de um nome novo para convencer a maioria do conselho e dos acionistas a mudar a gestão. O empresário Abilio Diniz, que vivia às turras com seu então sócio no varejista Pão de Açúcar (o francês Casino), embarcou no projeto. Comprou cerca de 3% das ações da BRF e, com o apoio da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, assumiu a presidência do conselho no lugar de Nildemar Secches em abril de 2013. Foi quando começou a primeira fase de uma revolução em duas etapas.

Como não se faz revolução sem derramar sangue, o grupo de acionistas convidou Cláudio Galeazzi para assumir a presidência da empresa. Galeazzi, um especialista em dar choques de gestão em companhias que precisam reduzir custos, chegou chegando. Nos primeiros meses, cortou quase 1000 funcionários, trocou os titulares de dez das 12 vice-presidências e mudou toda a estrutura industrial. Nas palavras de Abilio, a BRF era uma empresa "empurrada pela área industrial" e que precisava ser "puxada pela área de vendas, com o consumidor dizendo o que quer". Para pôr o novo modelo em prática, no dia 11 de fevereiro de 2014, Galeazzi demitiu mais de 150 executivos, com o objetivo de reduzir as posições hierárquicas entre o chão de fábrica e a presidência. A margem operacional da BRF passou de 10,4%, em 2012, para 15,4%, em 2014. Foi quando começou a tumultuada sucessão de Galeazzi. Pelo plano original, ele ficaria até o fim de 2015 no cargo. Seu sucessor seria Pedro Faria, então presidente da área internacional - que, antes de assumir a empresa inteira, faria uma espécie de "estágio" no comando do mercado interno. Mas diferenças de visão entre Abilio, Magalhães e Galeazzi acabaram acelerando a sucessão. Os conselheiros, Abilio à frente, estavam encantados com o trabalho de Faria na área internacional. Galeazzi, que temia o avanço da concorrência no mercado brasileiro e achava que Faria não poderia prescindir do período de experiência na operação local da BRF, deixou o cargo em dezembro de 2014. Antes de sair, enviou uma carta a conselheiros e executivos. De acordo com um executivo que teve acesso ao conteúdo do e-mail, ele concluiu o texto de maneira um tanto profética. "Lamento profundamente o que ocorreu.

mas prefiro interromper um sonho na raiz do que ter de viver um pesadelo na minha gestão.-" Procurado, Galeazzi não confirmou o conteúdo do e-mail nem quis falar sobre a atual situação da BRF.

"TARPONIZAÇÃO"

Aos 40 anos, Pedro Faria assumiu o comando da BRF no dia 2 de janeiro de 2015. Empolgado com o sucesso do primeiro ano da nova gestão, Faria começou a segunda fase da reestruturação da BRF - um processo que hoje é conhecido internamente como "tarponiza-ção-ambevização" da companhia. Criticado por ter pouca experiência naquele setor para assumir um cargo tão complexo, Faria decidiu se cercar de gente como ele. Demitiu Sylvia Leão, executiva de confiança de Abilio, num sinal de independência em relação ao presidente do conselho, e limitou suas interações com ele. Abilio, então encantado com o perfil trabalhador de Faria, deu corda ao protegido, apesar de certo incômodo com o time que estava sendo montado. Faria trouxe da Tarpon Rodrigo Vieira - que administrava 120 funcionários na gestora e assumiu a área de RH de uma empresa com 110 000 empregados. José Alexandre Carneiro, também da Tarpon, assumiu a vice-presidência de finanças da América Latina e depois foi transferido para a operação brasileira. Para tocar a área de marketing no Brasil, escalou Flávia Faugeres, executiva com 20 anos de experiência em empresas como a cervejaria Ambev e a rede Burger King. Em menos de quatro meses, Flávia passou de vice-presidente de marketing a diretora-geral de Brasil, segundo cargo mais importante da companhia. Era sinal de que Pedro Faria queria instalar na BRF o estilo "faca nos dentes, sangue nos olhos" que tanto lucro deu aos acionistas da Ambev.

A BRF continuava crescendo no mercado internacional, anunciando parcerias em Singapura, adquirindo marcas e fábricas em países como Tailândia, Argentina e Catar. As exportações, que respondem por metade das vendas da BRF, não eram motivo de preocupação. O desafio todo se concentrava no mercado interno, onde a BRF sofria com um problema impensável alguns anos antes - um concorrente peso-pesado. Em junho de 2013, a Marfrig, enrolada em sua gigantesca dívida, vendeu sua subsidiária de alimentos, a Seara, para o grupo JBS por 5,9 bilhões de reais. O JBS foi talvez o mais acabado exemplo da política de "campeões nacionais" dos governos petistas, em que um punhado de empresas recebeu fortunas do BNDES para crescer. Foi uma mudança de patamar na concorrência que pouca gente dentro da BRF compreendeu. O grupo JBS fatura cinco vezes mais do que a BRF, e seu bolso fundo ajudou a comprar espaço para a Seara no mercado interno. Em fevereiro de 2014, a Seara transformou a jornalista Fátima Bernardes em garota--propaganda. O sucesso da campanha publicitária da mulher moderna - que trabalha, é mãe, cuida da casa e comanda a cozinha de forma prática - foi instantâneo. E a JBS aproveitou as demissões da BRF para angariar pessoal - mais de 100 funcionários foram para a concorrente, levando não só conhecimento do setor mas também planos da própria BRF. Gilberto Tomazo-ni, chefão da Seara, foi presidente da Sadia de 2004 a 2009.

15% em 2016. Enquanto isso, a participação da BRF só fez cair, categoria após categoria. No último ano, a venda de embutidos diminuiu de 41% para 36%, e a categoria de frios foi de uma participação de 63% para 59% em 2016.

O confronto agora direto com a Seara tirou a BRF do prumo. Numa tarde no fim de abril de 2015, Flávia Faugeres convocou os funcionários da sede da empresa para uma reunião surpresa - na qual não podiam entrar com o telefone celular. A diretora estava enfurecida com a coincidência de campanhas entre a Sadia e a Seara, que haviam criado peças publicitárias para as linhas de presunto, lingüiça e frango ao mesmo tempo (a Sadia lançava e a Seara contra-atacava com uma campanha já pronta). "Vou chamar a polícia se o traidor não pedir demissão", disse Flávia, segundo relato de funcionários. A empresa chegou a demitir funcionários com as pessoas sentem a pressão da chefia e temem as conseqüências. Aqui não tinha esse efeito e acabava até virando piada", diz um funcionário da empresa. Algumas das broncas mais desbocadas de Flávia foram gravadas e espalhadas pelo mercado em mensagens de Whats-App. No início de 2016, Flávia decidiu deixar a BRF (procurada, ela não deu entrevista). Assumiram Leonardo Byrro, oriundo da Tarpon, e Rafael Ivanisk, ex-Inbev.

Uma série de coincidências felizes fez o início dos problemas no mercado interno passar despercebido em 2015. Naquele ano, as vendas totais aumentaram 11%, e o lucro disparou 46% (foi de 3 bilhões de reais). A súbita desvalorização do real, a queda do preço do milho para o menor patamar em uma década, o aumento no preço da carne bovina e um surto de gripe aviária nos Estados Unidos fizeram da BRF uma estrela no merparentesco com empregados da concorrente, mas sempre negou que esse fosse o motivo do desligamento. Em dezembro, dois computadores foram roubados na sede da empresa em São Paulo, e ambos pertenciam à equipe de marketing. Uma pessoa se registrou com documento falso na portaria do prédio e foi diretamente aos computadores que queria roubar. A BRF fez boletim de ocorrência e uma investigação interna, sem conclusão. Segundo membros de sua equipe, o estilo de Flávia não funcionou na BRF, e a perda de mercado para a concorrência foi minando sua liderança. "Na Ambev,
cado internacional. A empresa conseguiu vender mais fora do país do que no mercado doméstico. Na conferência com analistas, Abilio Diniz elogiou a gestão. "O Pedro está fazendo um trabalho fantástico", disse. A ação alcançou 70 reais. Ninguém sabia, claro, que seria ladeira abaixo a partir dali.

Chegou 2016 e os problemas começaram a aparecer - e de forma acelerada. Primeiro, a conjuntura mudou: o dólar caiu, o milho subiu, a gripe aviária desapareceu dos Estados Unidos e o preço da carne bovina caiu. A diretoria financeira havia mudado a política de compra de milho, tida como
conservadora e cara demais. Essencialmente, a BRF. maior com-pradora de milho do Brasil, tinha o equivalente a um mês de estoque daquele que é seu maior insumo. Em busca de eficiência financeira, esse estoque diminuiu - segundo executivos de fornecedores ouvidos por EXAME, para poucos dias de consumo. Essa mudança foi feita às vésperas de um repique médio de 70% no preço do milho, o que deixou a BRF nas mãos das tradings especializadas em grãos. Para que seus frangos não morressem de inanição, a BRF teve de correr os mercados de Argentina e Paraguai para comprar milho com preço nas alturas. Um concorrente chamou a nova política de compras da BRF de "insanidade típica de quem só pensa na planilha e esquece que existe um mundo real lá fora". Essa e outras trapalhadas na política de compra de insumos causaram prejuízo de 600 milhões de reais no resultado da empresa em 2016. A BRF nega que tenha ficado perto do limite de estoque e diz que estava 20% acima do ano anterior (mas não discrimina o que foi alta do valor de estoque por preço). A perda irritou investidores que haviam sido atraídos pelo discurso de que a BRF se tornaria menos dependen-
te dos ciclos das commodities. No ano, o volume de venda de alimentos processados caiu 5%, enquanto o volume in natura aumentou 7%.

O jeitão financista começou a chamar a atenção de investidores, que notavam uma crescente obsessão da BRF por seu Ebitda. "Houve uma piora na qualidade da transpa-rência contábil, como forma de melhorar o Ebitda. Não é nada ilegal, está na regra, mas vale lembrar que o Ebitda é métrica que ajuda a determinai" não só o valor das ações como também o pagamento de bônus", diz um analista de ações. Um gestor da Skopos comentou numa postagem no Twitter que a empre-
sa fazia mágica no Ebitda com criatividade financeira. Os analistas se referem a uma mudança no tratamento dado, no balanço, a gastos com fornecedores. Até 2013, todos os gastos eram lançados no balanço como custos, o que diminuía o Ebitda. Aos poucos, a BRF foi lançando parte desses gastos na linha de despesa financeira (que não impacta o Ebitda). No levantamento de três gestores ouvidos por EXAME, essa linha foi de 40 milhões de reais em

2014, aumentou em 2015 e ficou entre 100 e 150 milhões de reais em alguns trimestres de 2016, gerando impacto positivo no Ebitda da companhia. A EXAME a BRF diz que "segue a regra contábil vigente", conforme manda a Comissão de Valores Mobiliários.

"PERDIDÃO"

E claro que os investidores esta-riam pouco interessados em práticas contábeis e políticas de estoque de grãos se os resultados da BRF estivessem impressionando positivamente. Mas a empresa estava sofrendo. A deterioração da economia brasileira impulsionou as vendas de marcas mais baratas. A BRF decidiu enfrentar a recessão de peito aberto. No primeiro semestre, fez o maior repasse de preços de sua história, de quase 20%, já sabendo que isso poderia atrapalhar as vendas - o volume caiu 10% no primeiro semestre. Pelo calendário acertado com o Cade, novos itens poderiam ser lançados em 2016 com a marca Perdigão, e a BRF continuou patinando. Segundo varejistas ouvidos por EXAME, o consumidor ainda identificava a Perdigão como marcapremium, não a marca de combate desenhada (ou desdenhada) pela nova gestão da BRF. A conseqüência é que os supermercados subiram os preços dos produtos Perdigão, embolsando a diferença e colocando as duas marcas da BRF numa competição direta pelo mesmo cliente. A Perdigão acabou roubando mercado da Sadia e, para o consumidor que queria itens mais baratos, concorrentes como Aurora e Pif Paf serviram bem. A BRF perdeu duas vezes: a Sadia vendeu muito menos e a margem melhor da Perdigão ficou com os supermercados. Enquanto isso, o posicionamento da Sadia também foi alvo de críticas internas. Para se destacar, a marca cortou 30% do sódio dos alimentos. É, hoje, aquela cujos produtos têm menos sódio. Mas a BRF esqueceu de alardear isso ao consumidor - só notou quem leu as embalagens. A outra frente para aumentar as vendas da Sadia foi o contrato fechado, em

2015, com o chef inglês Jamie Oli-ver. Para assinar uma linha de produtos com a BRF, Oliver fez várias exigências, principalmente em relação ao tratamento dado aos animais. Os frangos precisam ser criados com luz natural e dispor de um espaço mínimo de metragem para que não fiquem confinados, por exemplo. Das exigências, a única que a BRF não cumpria era a criação de um espaço "lúdico" para as aves, onde pudessem ciscar à vontade. Numa entrevista, Zeca Magalhães, da Tarpon, disse que a empresa tinha criado um "plavground de frango". Os produtos de Oliver, no entanto, não emplacaram conforme a expectativa: pouca gente captou a proposta da linha de alimentos congelados "prontos para cozinhar". O investimento total no lançamento foi de 50 milhões de reais. "O consumidor acabou não entendendo por que pagaria tanto por aqueles produtos", afirma a executiva de uma agência de publicidade que atende a BRF. De 2013 (quando a JBS comprou a Seara) até agora, a participação de mercado da Sadia caiu de 37% para 25%, e a Perdigão aumentou de 15% para 21% - crescimento considerável, mas insuficiente para cobrir a perda total da BRF, de 52% para 46%.

O posicionamento de Perdigão e Sadia no mercado interno ficou a cargo de Rodrigo Vieira, executivo que veio da Tarpon para assumir a área de RH e depois foi deslocado para a vice-presidência de marketing e inovação. Vieira é um personagem típico do processo de "tar-ponização" pelo qual a empresa passou. Vegetariano, segundo quatro colegas, e sem experiência no setor industrial, ele sempre foi visto pelos colegas como peixe fora d"água. Vieira assumiu a estratégia da Perdigão em 2015 e foi apelidado por alguns executivos da empresa de "Perdidão" - o vegetariano cuja função era aumentar as vendas de mortadela (procurado, ele não deu entrevista). As derrapadas custaram caro. Os erros na estratégia e a economia em crise aumentaram o estoque da BRF, e a empresa fez promoções para desovar o estoque, jogando os preços para baixo. Em novembro, lançou uma campanha prometendo que, a cada chester Perdigão comprado para o Natal, outro seria doado a uma família carente. "Claramente foi sobra de produto revestida de ação social", diz um ex-vice-presidente da BRF. A companhia nega que a ação tenha sido por excesso de produto e diz que a campanha começou a ser preparada em junho.

As vésperas do balanço da companhia, divulgado na noite de 23 de fevereiro, muitos analistas já sentiam que havia algo de muito ruim por vir. Havia um cheiro de decepção no ar. O banco Goldman Sachs passou a recomendar a venda das ações, o banco Itaú BBA disse que poderiam cair mais, e o Credit Suisse fez uma revisão radical nas perspectivas. No dia 13 de fevereiro, o banco americano JP Morgan fez um alerta um tanto grave. Enviou um e-mail a investidores informando sobre a posição dos administradores da empresa em contratos de opção de venda da ação, o que parecia ser "uma estrutura de proteção para a desvalorização", segundo o banco (uma apuração interna confirmou que executivos estavam "apostando contra" a ação da própria BRF). Enquanto o mercado estimava um lucro de 28 milhões de reais, o que já seria ruim, a BRF anunciou um prejuízo de quase 400 milhões de reais.
Após o prejuízo, os acionistas da BRF decidiram baixar a bola. Abilio assumiu os erros numa conferência com analistas em que pouco se ouviu a voz de Pedro Faria - evidência de uma mudança na dinâmica interna da companhia. Há três meses, é Abilio quem manda na empresa. O conselho montou um comitê de crise, que, em 90 dias, fará um diagnóstico do que levou a BRF a perder o rumo. Abilio tem dito aos demais conselheiros que a empresa precisa reverter três processos: a "tarponização", a "ambevização" e a "falconização" (referência ao consultor Vicente Falconi, conselheiro e chefe do comitê de recursos humanos da BRF). A "falconização" era expressada no orçamento base zero, prática de gestão tomada famosa na Ambev. O congelamento dos salários dos funcionários nos últimos três anos foi motivo de desentendimento entre Abilio e Falconi, e eles acertaram que o consultor deixará o conselho na próxima assembleia, em abril. A primeira decisão do comitê de crise foi a demissão de Rodrigo Vieira e José Alexandre Borges, vice-presidentes de marketing e finanças, respectivamente. O codiretor responsável pelo mercado interno, Rafael Iva-nisk (ex-Inbev), pediu demissão. Segundo EXAME apurou, os conselheiros consideram que Faria errou, e muito, na escolha de seu time. O comitê de crise vai coordenar a busca por novos vice-presi-dentes de finanças e marketing e pelo novo chefe de Brasil. Uma das posições será ocupada por Alexandre Almeida, que estava na presidência da Itambé. Em tom de brincadeira, um conselheiro diz que um pré-requisito para os candidatos às vagas é não ter nenhuma passagem por Tarpon e Ambev. "Precisamos de gente parruda, com experiência, nomes indiscutíveis", diz esse conselheiro. Faria continua no cargo, mas, segundo executivos próximos, está de "crista baixa" e pede permissão ao comitê para tudo o que faz. Sua eventual saída não seria uma mudança trivial. A Tarpon tem metade de seus recursos alocados em ações da BRF, e o fundo sempre vendeu aos investidores sua capacidade de gerir empresas no estilo "mão na massa". Outra tarefa nada simples será o que fazer com executivos citados na Operação Carne Fraca. Um motivo de embaraço para Abilio é o envolvimento de José Roberto Rodrigues nas investigações. Rodrigues já foi preso numa operação policial, em outubro
de 2007, quando a Polícia Federal desarticulou um esquema de sonegação de imposto de importações da empresa de tecnologia Cisco (ele foi condenado em 2011, recorreu e a condenação prescreveu em 2015). Apesar das críticas à sua nomeação como vice-presidente de integridade, Abilio bancou seu nome. A BRF anunciou que vai contratar uma empresa externa para apurar internamente as acusações de pagamento de suborno a fiscais.

Depois de trocar pessoas, a outra frente do plano é alterar a dinâmica de negócios. Muita coisa que mudou nos últimos anos vai voltar a ser como era antes. A BRF contratou a consultoria Boston Consulting Group para ligar as pontas entre o consumidor e a fábrica. Toda a ideia de ser uma empresa orientada pelo consumidor será sepultada, já que cria distorções na cadeia de produção - grosseiramente, o que fazer com as coxas de frango se o consumidor só pede peito? As estratégias de marketing, que nem sequer eram levadas ao conselho, agora passam a ser olhadas com lupa. A BRF estuda também lançar uma nova marca, de apelo de fato popular. A companhia queria apresentar a nova estrutura aos investidores até o dia 24 de março - mas, como parte de sua equipe está dedicada a enfrentar a crise causada pela operação da Polícia Federal, os planos foram adiados em uma semana. A Operação Carne Fraca também pode retardar os planos de encontrar um sócio para a OneFoods, subsidiária de comida Halal voltada para os países muçulmanos. A OneFoods é hoje um dos maiores ativos da BRF, segundo os bancos, especializada no segmento que mais cresce no setor de alimentação mundial. Conseguir uma boa avaliação de preço para a subsidiária, que pode valer até 6 bilhões de dólares, é crucial. Seria um sinal de que as coisas estão mudando na BRF - mas, desta vez, mudando para melhor.

FONTE: 03/04/2017 REVISTA EXAME.

45 comentários:

Anônimo disse...

Vixe !

Rosalina de Souza disse...

Caro Colega das 1:53,

Para você ver como estão sendo aplicados nossos sagrados recursos, a PREVI deu corda para o todo poderoso Abílio Diniz, do grupo pão de açúcar, e ele achou que poderia fazer o que bem entende no ramo de processamento de alimentos, é por esse e outras que devemos ficar ainda mais atentos aos nossos recursos aplicados, suor de muitos anos da ativa, para viver na base da especulação desses grupos empresariais, temos muita coisa PODRE de verdade dentro dos nossos investimentos e aos poucos as verdades vão sendo esclarecidas.

Temos que estar atentos, a tudo, porque vamos ter muitos dias dissabores, mesmo quando era para estarmos vivendo a melhor idade, estamos vivendo é o CONDOR E O RANGER DE DENTES.

joao trindade disse...

Boa noite, senhora Rosalina

Como diria Boris Casoy : ¨Isto é uma vergonha...

Anônimo disse...

Dizem que o peixe morre pela boca. Tarpon é nome de um peixe.
A Previ apoiou o nome de Abílio Diniz junto com a Tarpon.
Pelo noticiado o executivo ex sócio do grupo Cassino, parece não ter culpa. A culpa pelo insucesso fica aos executivos, mas, quem os colocou na administração foi ele.
Parecem amadores. E o que dizer da SADIA HALAL ?
Às vezes acho que a PREVI (seus administradores que posam de CEOS) devia ficar somente com a renda variável (Bolsa) e com a renda fixa.
Nos investimentos em que passa a ser sócia ou administra a coisa não tem dado bons frutos, a saber, Costa do Sauipe, Bom Brill, Parque Temático, Hopi Hari, sociedade com construtoras etc.

Anônimo disse...

Colegas,

Estupefato com as notícias, fico temeroso de estarmos com nosso futuro em mãos inapropriadas, para ser leve na palavra.

Anônimo disse...

Cadê o Ministério Público Federal?
As raposas vão continuar tomando conta do galinheiro? Até quando?
Balanços manipulados, discursos vazios e dissimulados etc...

padilha disse...


Concordo com o Anônimo das 9:48 do dia 10/qbril, cade as Autoridades? a PF, o Ministério Público, ninguem vai providenciar nada? A coisa não está tão tranquila como parece, o Abílio Diniz, tido como competentíssimo Gestor/Administrador, esta vacilando ou comprometido? Vamos aguardar, mas não demorem muito para se tomar alguma decisão, correto?

Anônimo disse...

A liquidação de ações judiciais impetradas pela ANABB possibilitou para 131 associados o valor de R$ 4.235.082,67 (quatro milhões, duzentos e trinta e cinco mil, oitenta e dois reais e sessenta e sete centavos), durante o mês de março/2017.Vamos comemorar?

Anônimo disse...

E continua a enrolação da ação 1/3 IR Previ da Anabb. Toda vez que está "conclusos ao Relator" aparece alguma coisa para atrapalhar. Agora que estava "conclusos ao Relator" o processo foi requisitado para "extrair certidão". Morrerão todos os participantes e ação não terá chegado ao fim enquanto outras do mesmo tipo entraram depois e já foram finalizadas.

Anônimo disse...

Colegas estão querendo saber como ficam as parcelas não pagas na Cooperforte. Conforme ficou decidido na assembléia os débitos em atraso serão debitados no capital ou nas aplicações que o associado possuir. No meu caso já debitaram no capital.Outra medida que estão tomando é o cadastro no Serasa. Nesse caso aí sim é que ficarão sem receber porque afundarão de vez o devedor. Com a inclusão no Serasa não serão renovados CDC, cheque especial, cartão de crédito em todos os Bancos (norma do Bacen).

Anônimo disse...

aposentados participantes da Anabb,

Seria a Anabb a mais incompetente das associações?
Se como dizem aqui, a coisa for vista pelo GIGANTESCO ATRASO NA SOLUÇÃO DA CAUSA 1/3, estaríamos diante de um tema urticante.
O Porquê do atraso?
Quem atrasa?
Qual a vantagem que a nanabb está levando com todo este atraso?
Caso o processo se resolva ficarão sem associados?
Digam alguma coisa de concreto por farov.

Rosalina de Souza disse...

Caro Colega das 12:26,

Vou de dar a resposta:

O Porque do Atraso? RESPOSTA: 100 MIL SÓCIOS VEZES 31,00 IGUAL (3.100,000,00 TRÊS MILHÕES E CEM MIL REAIS),MÊS.

As demais tem a mesma resposta, salvo melhor juízo.

Anônimo disse...

Como disse o anon 12.26 o tema é urticante. O próprio autor atrasa o processo por outros interesses (sócios) que não tem nada a ver com a causa????????????

Anônimo disse...

Emérita Senhora ROSALINA:


A ANABB há muito tempo que PERDEU A SUA FINALIDADE e virou um BALCÃO DE NEGÓCIOS. Meteu-se em uma MIRÍADE DE NEGÓCIOS (EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, SEGUROS, CONSÓRCIOS e outros BADALUQUES MAIS), sempre com SENSÍVEIS PREJUÍZOS. A BRIGA É DE FOICE ENTRE SEUS DIRIGENTES, pois é MUITA GRANA, SEM SABER AO CERTO O QUE FAZER ou COMO REPARTIR O BOLO. Uma coisa é certa: a ANABB SÓ DURARÁ ATÉ O ÚLTIMO ASSOCIADO RECEBER O ÚLTIMO PROCESSO ou FALECER O ÚLTIMO APOSENTADO/PENSIONISTA do PLANO PREVI I, ou o que suceder primeiro.

Anônimo disse...

Sra. Dona Maria,

Não seria o caso de denunciar os advogados da Anabb na OAB, Ministério Público, Polícia Federal, por supostamente estarem auto obstruindo uma ação em prejuízo de milhares de idosos?
Fica a pergunta...

Anônimo disse...

Estão obstruindo mesmo. Cada peça que entra no processo pode atrasar em meses o andamento.Advogados evitam entrar até mesmo com petição para pedir urgência porque segundo eles o efeito é o contrário porque uma nova petição atrasa ainda mais.E a Anabb não para de entrar com petição.

Anônimo disse...

Dona Rosalina,

MIL PERDÕES POR TITULAR O TEXTO COM O NOME Dona Maria.
Estava falando de uma Sra., chamada Maria, segundos antes de escrever e meus velhos e esfarrapados neurônios me induziram ao equivos.
MILHÃO DE DESCULPAS!

Anônimo disse...

Emérita Senhora ROSALINA:


PAZ na SEMANA SANTA! FELIZ PÁSCOA!

Anônimo disse...

Surgiu um assunto em outro blog que eu já havia pensado comentar. Trata-se da baixa participação dos colegas quando as matérias dos blogs são muito longas e/ou muito complexas.Isso realmente ocorre em todos os blogs frequentemente mas ao contrário do que foi criticado não se trata de desinteresse ou pouco caso a matérias que exigiram estudo e muito empenho de seus autores. Ocorre que a maioria não tem os mesmo conhecimentos de quem escreveu e fica difícil comentar qualquer coisa. E se além de complexos os textos são longos demais cá entre nós ficam muito pesados para os velhinhos. Não é pouco caso não.

Anônimo disse...

Os outros Blogs e as lideranças arrefeceram ante as intimidações. Este será o Último dos Moicanos. Não só em nosso contexto, mas a sociedade inteira se cala diante das injustiças sociais que serão implementadas, ensejando a consolidação deste sistema maquiavélico. CLT/Terceirização, Previdência Social,etc., enfim, retrocesso social. Indignações sem mobilizações não surtem efeito e esvaem-se aos ventos.

Anônimo disse...

No Brasil e em tudo aqui, quanto mais se muda pior fica.
Se nada fôsse feito, seria melhor para todo mundo (menos para os de sempre, que vivem da desgraça alheia).

Anônimo disse...

Quando era sócio da "Mardita" meu processo de IR de venda de Férias foi arrancado a fórceps.
Depois de uns 12 anos de espera minha esposa começou a ligar para o TRF e pedir ajuda.
A primeira coisa que diziam era para procurar o advogado. E a mesma explicação escabrosa que não tinha acesso ao dito cujo.
Essa choramingação durou uns 3 anos. Mudava de lugar no tribunal e nova ligação e novo chororô.
Bem, recebi uns 7 mil reais e me desliguei da "marvada". Se estivesse no trâmite "NORMAL" até hoje estaria esperando e pagando mensalidade

Anônimo disse...

Baixa participação, creio, porque os anônimos estão bloqueados, caro colega das 10:08am. Mas, com a permissão da Sra. Rosalina, eis o meu comentário sob o post retirado daquele Blog:
Causou-me estranheza a pouca repercussão. Parece que poucos sabem analisar os demonstrativos contábeis e, sem esse domínio, deviam ter lido atentamente aquele post retirado ante a frustração de seu autor, e refletirem sobre as indagações, conceitos e os esclarecimentos nele contidos. É frustrante saber que a maioria dos "donos" de um patrimônio de 140bi não dá relevância aos demonstrativos que espelham sua situação patrimonial/econômico-financeira/, bem como possibilitam mensurar o nível de qualidade gerencial a que está submetido. Tbém, podemos inferir daquele Post o grau de relevância que deram ao resultado gerencial, inobstante o resultado patrimonial (patrimônio social/líquido - reserva matemática insuficiente e sem Reservas de Contingência e Especial).
CPFL - o pulo do gato!

Rosalina de Souza disse...

Caro Colega das 3:43,

Os administradores de Blogs estão pisando em OVOS, tudo que falamos é contra dito com uma NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL, aí fica muito difícil os comentaristas por uma pitada a mais de sal no processo.

Todos nós sabemos da capacidade do colega João Rossi Neto, e ele vai sempre no X da questão quando escreve, são da sua lavra muitos textos que não agrada nem um pouco a cúpula do Nosso Fundo de Pensão PREVI.

De modo que sou pensionista desde 2001, e nunca entendi nada sobre esses números apresentados pelo nosso fundo de pensão, e sempre tive muitas dúvidas, de como por exemplo na crise de 2008, perdemos bilhões e continuamos perdendo bilhões sem fechar essa torneira que vive os rumores da bolsa de valores e das empresas avaliadas por valor de mercado.

Sempre que uma crise aparece ela estoura no nosso colo, e todo dia 31 de dezembro do corrente ano o estrago é confirmado.

E eu culpo os colegas que na sua grande maioria acha melhor criticar os outros que arregaçar as mangas e lutar por melhores dias, o que eu vejo de colega satisfeito com a ADMINISTRAÇÃO DA PREVI É BARBARIDADE, são muitos que aplaude tudo conforme se deseja, é duro, mais é a VERDADE, e é por isso que muitos colegas batalhadores tem desanimado, pois vive com a faca nos dentes em prol de outros colegas e mesmo assim ainda é criticado duramente.

Eu mesma fui muito criticada porque uma grande parte dos colegas queria continuar descontando acima de 30% na folha da Previ, não foram poucos os insultos que recebi, e é desta forma que vamos vivendo sem agradar a todos, e sempre vai existir os do contra em tudo, e no nosso meio não seria diferente.

Eu acredito muito na força de um escrito, e o colega João Rossi Neto, como outros tantos que poderia citar aqui são pessoas do bem, que estão preocupados com todos os APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO PB-1 DA PREVI, da qual eles pertencem e nós também.

Rosalina de Souza disse...

Para terminar Caro Colega das 3:43,

O BLOG DO ARI ZANELLA, não esta recebendo comentários de anônimos porque ainda se recupera de uma cirurgia do outro olho, todos se lembra as complicações que ele teve na primeira cirurgia, quando perdeu parte da visão de um olho, então agora todo cuidado ainda é pouco e todos nós sabemos que existe anônimo que tendo oportunidade faz comentários que a cúpula do nosso fundo não gosta, e só por isso que ele tomou essa decisão de até sua recuperação total, quem posta são os colegas com conta, havendo a imediata liberação do comentário feito.

Mas tenhamos calma que logo nosso GUERREIRO VOLTA A ATIVA, aí vamos poder todos prestigiar ainda mais o seu MARAVILHOSO BLOG.

Anônimo disse...

Sra.,

Admiro o Rosssi.

O texto por ele escrito é complexo, demanda ser examinado com atenção.
Infelizmente não temos mais aquela peça para tentarmos nos esclarecer sobre o balanço Previ.
Para um trabalho daquele quilate devia nos dar mais tempo para comentários.
Saudações.

Anônimo disse...

O Seu Rossi precisa entender que não somos todos capazes igual a ele. Ele é SUPER SUPER SUPER

Anônimo disse...

Cara senhora Rosalina.
Gostaria que a Previ ou algum colega capacitado no assunto, analisasse o nosso investimento INVEPAR, NOTADAMENTE O GRU AIRPORT, onde somos sócios com outros fundos e com a OAS.
Como leigo não quero me precipitar, mas, já me precipitando, acho que o resultado não está sendo condizente com o que ali foi investido .
- Procede ?

Anônimo disse...

Grato, Sra. Rosalina, por ter publicado e reportado o meu comentário das 3:43. Gostaria apenas ressaltar que não censuro o bloqueio dos comentários anônimos, dadas as circunstâncias plausíveis e o seu caráter temporário, eis que a recuperação do Sr. Ari está sendo muito boa, Graças a Deus.

Anônimo disse...

Emérita Senhora ROSALINA:


O CONGRESSO NACIONAL "despejou" TANTA GENTE RUIM nos braços do JUDICIÁRIO, que vai ser DIFICÍL JULGÁ-LOS UM a UM, o jeito vai ser julgá-los POR AMOSTRAGEM.

Anônimo disse...

Aos Aposentados não estatutários,

Publicação na Revista VEJA do grupo ABRIL:

"ALDEMIR BENDINE, EX-PRESIDENTE DA PETROBRAS – ex-presidente do BB e da Petrobras, recebeu dinheiro para ajudar a Odebrecht (leia mais)"

Li muito em blogs e jornais sobre as suspeitas, que hoje são o motivo de abertura de inquérito, sobre o estatutário acima citado.

E os outros?

Anônimo disse...

Nessa última operação da PF sobrou para o fundo da pensão da Dona Zefa. Respingou caca e foi daquelas bem fedidas.
Será que notificarão a imprensa?

Fala aí exemplo de governança

Anônimo disse...

Concordo com anon 6.16. A maioria dos empresários (99,99%) não entende nada dos balanços das suas próprias empresas e deixam por conta dos contadores. Os aposentados da Previ teriam que fazer curso para poder avaliar a Previ. Felizes aqueles poucos que tem o conhecimento.

Rosalina de Souza disse...

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, investiga internamente há mais de seis meses a compra de um shopping e uma torre comercial no empreendimento Parque da Cidade, em São Paulo, que pertenciam à Odebrecht Realizações Imobiliárias, segundo apurou o Valor. O negócio, fechado em 2012, envolveu o pagamento de R$ 817 milhões pela Previ à OR, incorporadora do projeto.
A transação está no cerne da abertura de inquérito para investigar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, autorizada pelo relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin.

Três executivos da Odebrecht, entre eles Marcelo Odebrecht, declararam em suas delações que Mantega participou de um acordo para que a Previ aprovasse a compra. Como contrapartida, a incorporadora do grupo Odebrecht lançaria um crédito de R$ 27 milhões para o Partido dos Trabalhadores (PT). O mesmo inquérito investigará ainda o envolvimento no caso dos deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) e João Carlos Bacelar (PR-BA), além do ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

O texto não traz detalhes sobre como Mantega e os demais investigados teriam atuado na prática para conseguir aprovar o negócio pela fundação.

Procurada, a Previ não comentou o assunto. O Valor apurou que a compra foi iniciada na gestão de Ricardo Flores à frente do fundo e concluída quando seu presidente já era Dan Conrado.

No dia do anúncio da compra, em novembro de 2012, o então diretor de investimento do fundo, Renê Sanda, divulgou nota em que afirmava que o negócio era totalmente alinhado às necessidades da Previ. Os imóveis foram comprados ainda na planta, com previsão de conclusão em 2016 e 2017. Considerado o maior empreendimento imobiliário da cidade de São Paulo no seu lançamento, o projeto de 595 mil metros quadrados previa oito torres (duas residenciais e seis comerciais), o shopping e um hotel de luxo.

A primeira menção a pagamentos da Odebrecht aos políticos e ao ex-ministro relacionados ao empreendimento surgiu em anotações encontradas pela Polícia Federal no celular de Marcelo Odebrecht. A anotação encontrada mencionava pagamento a "GM", identificado pela PF como sendo Mantega.

Fonte: VALOR ECONÔMICO -SP

Jornalista: Vanessa Adachi, de São Paulo.

Rosalina de Souza disse...

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, teria solicitado vantagem indevida para atuar em nome da Odebrecht Ambiental, entre 2014 e 2015, segundo delatores da Odebrecht.

Em outra ocasião, por intermédio de André Gustavo Vieira da Silva, pediu-se o valor equivalente a 1% da dívida alongada da Odebrecht Ambiental perante o Banco do Brasil, a fim de permitir a renegociação do débito , observou o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, em despacho tornado público nesta terça-feira 11.

Fachin submeteu a investigação do caso à Procuradoria da República no Paraná no último dia 4. A denúncia tem como base os depoimentos do ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis. Segundo seus relatos, Bendine teria se apresentado como interlocutor da então presidente Dilma Rousseff

Fonte:http://www.brasil247.com/pt/247/economia/290052/Bendine-teria-pedido-1-da-d%C3%ADvida-da-Odebrecht-junto-ao-BB.htm

Rosalina de Souza disse...

Caros Colegas do Blog,

Onde estão os nossos eleitos, que não toma nenhuma iniciativa em relação aos investimentos do nosso fundo de pensão PREVI.

São muitos escândalos e continua a sangria ao nosso fundo de pensão, se as denuncias forem efetivas.

São vários investimentos feitos não por nossos gestores, mas por integrantes de governo que manda e desmanda em nosso fundo de pensão via BANCO DO BRASIL S/A, nosso PATROCINADOR.

Mais uma vez pergunto, onde estão nossos REPRESENTANTES NA PREVI, ONDE ESTÃO NOSSOS ELEITOS É MUITA SUJEIRA DENTRO DO PALÁCIO DE CRISTAL.

Mas para vigiar BLOGS eles tem tempo, agora para cuidar dos atos administrativos com completa GESTÃO TEMERÁRIA, ninguém faz nada.

DECISÃO COM URGÊNCIA,DEVE SER TOMADA POR PARTE DAS NOSSAS ASSOCIAÇÕES DE APOSENTADOS, QUE SÓ LEMBRA DE ARRECADAR, MAS NUNCA DE DEFENDER DE FATO NOSSOS INTERESSES.

Daqui a pouco não terão nem recursos mais para pagar a sua APOSENTADORIA E A MINHA PENSÃO NO DIA 20.

VAMOS SAIR DO MARASMO COLEGAS, ANTES QUE SEJA TARDE DE MAIS.

Anônimo disse...

Prezada Rosalina,
Só você mesmo para sempre falar a verdade nua e crua.Onde estão nossos eleitos e nossas associações que só sabem arrecadar? São tantos assuntos que precisam de alguém que nos defenda e ficam todos inertes.

Anônimo disse...

No Judiciário os feriados da semana santa começam hoje (quarta feira).

Anônimo disse...

Sra.,

Seguramente o Ministério Público, a Receita Federal, A Polícia Federal estão de olho nesses temas delatados e que hoje envergonham nosso fundo.
Precisamos da verdade, atinja quem quer que seja.

Anônimo disse...

Um dia fiz um comentário no blog da Sra dona Rosalina, e no do Prof. Ari: Que era estranho ao meu ver a saida do diretor Rene Sanda da Diretoria de Investimentos da Previ, agora depois da reportagem de o "Valor", estou entendendo. Podem crer que vem mais bomba por ai.

Anônimo disse...

Isso me dá náuseas:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/04/1875046-relator-quer-tirar-parlamentares-da-reforma-da-previdencia.shtml

Anônimo disse...

Faltou cascalho pra continuarem comprando silêncio. Agora o Guloso subiu no telhado.
O amigo de valdirene mudará para curitiba? Tomar banho frio no inverno o bingolin vai desaparecer
Tomara que entregue os outros colegas de farda

Deve ter um monte de ex no diazepan

Rosalina de Souza disse...

FONTE: SITE DA PREVI

PREVI se posiciona sobre notícias que envolvem Investimento Imobiliário
Os investimentos da PREVI, inclusive os do segmento imobiliário e especificamente a aquisição do Shopping e da torre Parque da Cidade, encontram-se de acordo com a resolução 3792 do Conselho Monetário Nacional, que dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previdência complementar, e obedecem as Políticas de Investimentos da Entidade.

As Políticas são desenvolvidas pela Diretoria de Planejamento, executadas pela Diretoria de Investimentos e aprovadas pela Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo. Essa segregação de funções traz mais segurança no processo de gestão de investimentos e fortalece o modelo de governança da PREVI, que é reconhecidamente um dos mais modernos do segmento de previdência complementar do país.

A PREVI não se coaduna com atos ilegais, repudia a suposta utilização de seu nome para eventual obtenção de favores e/ou benefícios ilícitos, e adotará providências de apoio às investigações com requerimento para acompanhar de perto o processo. Caso fique comprovado que o nome da PREVI foi utilizado para vantagens indevidas, serão adotadas todas as medidas para reparação de danos.

Reforçamos o nosso compromisso com o aprimoramento do sistema de Previdência Complementar Fechado e nos colocamos à disposição da Justiça e das instituições brasileiras para prestar todo e qualquer esclarecimento necessário, à luz dos preceitos constitucionais e legais. A Entidade segue confiante na solvência e liquidez de seus planos e firme na sua missão de pagar benefícios aos seus mais de 200 mil associados.

Anônimo disse...

Políticos acusados na investigação de caixa dois ou corrupção, sempre afirmam serem inocentes.
Sempre dizem que tudo que receberam foi dentro da lei e declarado a Justiça Eleitoral.
Que não se mancomunam com interesses espúrios e que estão sempre à disposição da Justiça, na apuração dos fatos.
Que sempre trabalham com o intuito de engrandecer o Pais e sua população , preocupando-se sempre com o bem estar do povo e seguem firmes e confiantes na sua missão.
Resposta padrão.

Anônimo disse...

Está aí uma ótima oportunidade para uma auditoria EXTERNA INDEPENDENTE nos negócios da PREVI com as construtoras, tipo COSTA DO SAUIPE, PARQUE DA CIDADE, AVENIDA PAULISTA TERRENO MATARAZZO, GRU AIRPORT ETC.
É de se lembrar que quando se adquiriu Costa Do Sauipe, as justificativas para o investimento foram similares às de hoje. No entanto numa CPI -Correios ou Mensalão- descobriu-se influencia política na decisão. O imóvel e sua construção também foi comprado da Odebrecht. O diretor de investimento à época também dizia que o empreendimento havia sido analisado e recomendado por especialistas.
Deu no que deu. O que aconteceu ? Mau aconselhamento ? Ingenuidade ? Incompetência ? Nenhuma das anteriores . Dizem que o problema foi uma crise. Os europeus não vieram fazer turismo.
Se analisarmos todos esses fatos ocorridos com a administração do NOSSO rico dinheirinho, não basta as notas da Previ nem a segregação das decisões. É preciso algo mais. AUDITORIA.
PORÉM QUEM A PROPORÁ, QUEM A BANCARÁ ?